Você já foi vítima de mentira, intrigas ou fofocas? Já foi caluniada? Conhece alguém que foi vítima de uma pessoa dissimulada e covarde para assumir os próprios erros? Sabe o quanto a mentira de uma pessoa pode afetar a vida emocional, psíquica, social e até as relações de trabalho?
O pai da minha mãe era um homem muito violento e agrediu a esposa de forma cruel muitas vezes antes de assassinar um homem, ser preso e depois transferido para o manicômio. Não há comprovação de que ele realmente tivesse problemas psíquicos, pois geralmente ficava nervoso apenas por causa do vício em jogo. A suspeita é de que houve uma manobra jurídica para livrá-lo da prisão e mantê-lo no manicômio.
Quando minha mãe tinha 9 anos, um vizinho encontrou os irmãos dela na rua e disse: “Encontrei o pai de vocês no trem, e ele disse que está vindo para matar toda a família.”
Os meninos correram para casa a fim de dar a notícia à mãe, pois achavam que o pai havia saído do hospital psiquiátrico. Com medo e desesperada, minha avó cometeu suicídio naquela noite.
Aquela mentira do vizinho custou muito caro àquela família. Minha mãe foi levada por uma professora para trabalhar como babá, mas foi escravizada. Com apenas 9 anos, ela trabalhava das 5h da manhã até às 11h da noite. Minha mãe fugiu e foi morar com a avó materna, com quem seus irmãos haviam encontrado refúgio. Apesar do caos, a avó da minha mãe acolheu os outros quatro netos que ficaram sozinhos no mundo porque a mãe deles se suicidou por causa de uma mentira. A vida desses personagens foi alterada, adulterada, sacrificada para sempre.
Na Bíblia, Satanás é chamado de “o pai da mentira” pelo próprio Jesus, que é a verdade (cf. Jo 8:44; 14:6). Isso seria suficiente para nos fazer pensar muito em relação a atitudes, infelizmente, toleradas pela maioria das pessoas, inclusive por cristãos: a mentira “branca”, a omissão ou simplesmente tomar como verdade um comentário maldoso sobre alguém.
Que você não contamine seus lábios com a mentira nem se deixe influenciar pela língua ferina de alguém! Que o desejo do salmista ecoe em sua mente: “A minha língua falará da Tua Palavra” (Sl 119:172, ARC).