Varrer o chão naquela manhã me pareceu uma boa distração. As atividades domésticas ajudaram a repelir meus pensamentos. Deus estaria verdadeiramente interessado em meus problemas? Estaria me ouvindo?

Meu coração estava ansioso desde que havia recebido uma ligação da faculdade em que estudava, avisando que não teria mais uma bolsa estudantil, faltando apenas um ano para a conclusão de meu curso. Sem tempo para repensar uma estratégia financeira, coloquei meu coração diante do Pai. No íntimo, tinha certeza de que o Senhor queria que eu concluísse o curso, bem como sabia que Ele faria algo a respeito.

Próximo do retorno às aulas, resolvi usar uma reserva para pagar a taxa de rematrícula. Esse era o último valor que eu tinha em mãos. Sem trabalho, sem lugar para morar, sem dinheiro, estávamos ali, minha fé e eu, travando um exercício de confiança. O medo às vezes me desanimava, mas esses momentos me levaram a orar.

Naquela manhã, enquanto varria o chão, aproveitei para limpar a insegurança e a incerteza de dentro de mim. Conversava com Deus em um desabafo silencioso quando escutei inesperadamente as palavras de Deuteronômio 31:8. Ouvi esse verso três vezes naquele exato momento. Então tive certeza de que era isso o que Deus queria me dizer. A voz vinha de um locutor da rádio Unasp. Essa mensagem trouxe conforto, e eu chorei. Foi por isso que decidi continuar, mesmo sem saber como pagaria o restante do ano letivo.

No fim do mês de janeiro, ao participar de um casamento, certa mão amiga me puxou e me disse: “Deus a ama muito! Jamais se esqueça de tudo o que Ele fez por você. Ele mesmo pediu para que eu lhe entregasse uma coisa.” Era o valor suficiente para me manter nos primeiros meses de um ano que marcaria minha vida.

Não sei qual problema tem tirado seu sono nesta semana ou está lhe deixando angustiada, apenas gostaria de lhe dizer que o próprio Deus irá adiante de você! Não temas! Entregue tudo ao Senhor e vivencie o amor Dele. Você não está sozinha. Acredite!

Sthefania Rocha dos Santos