Quarta-feira
26 de agosto
O sistema Mamom
Quem é fiel no pouco, também é fiel no muito, e quem é desonesto no pouco, também é desonesto no muito. Lucas 16:10

Um dos mitos que existem sobre o dinheiro é que ele é neutro e que tudo depende do uso que fazemos dele. No entanto, Jesus falou que as riquezas pertencem ao mundo (ver Lc 16:9). Na parábola do semeador, o Mestre ensinou que as riquezas enganam e sufocam. O dinheiro causa ilusão e a falsa sensação de que pode ocupar o lugar de Deus em nossa vida. Por isso, Cristo foi tão enfático em Seus ensinos sobre o assunto.

O apóstolo Paulo disse que “o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males” (1Tm 6:10). O problema, na realidade, é que o acúmulo de riqueza faz parte de um sistema cruel chamado Mamom.

Mamom é a palavra aramaica para dinheiro ou riquezas. Significa “aquilo em que alguém confia” ou “algo que é entregue aos cuidados de alguém”. Jesus queria dizer que o dinheiro expõe o que domina o coração do ser humano. Em Mateus 6:24, Ele diz que “ninguém pode servir a dois senhores; pois odiará a um e amará a outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro”.

Tudo vem das mãos de Deus: a vida, o ar que respiramos, o que possuímos, toda e qualquer coisa. Porém, quando falamos do dinheiro, em geral, usamos a expressão: “meu dinheiro”. Esse é o problema: pensamos que ele é “nosso”. Quando o homem pensa que possui alguma coisa, em realidade essa coisa o possui. O dinheiro não deve controlar nosso coração e nossas afeições.

Richard Foster disse que “o dinheiro tem muitas das características da divindade. Ele nos dá segurança, pode induzir a culpa, dá-nos liberdade, dá-nos poder e parece ser onipresente. Mais sinistra do que tudo, contudo, é reivindicação que faz à onipotência” (Dinheiro, Sexo e Poder, p. 25).

Mamom reivindica a lealdade e o amor que pertencem somente a Deus. Cuidado para não ser prisioneiro das garras do dinheiro. Ele causa um tipo de cobiça que corrompe o coração e o afasta de Deus.