O pastor e ativista político Martin Luther King Jr. se tornou a voz dos negros americanos e uniu esse grupo em torno de seus ideais ao declarar seu sonho de viver em uma sociedade livre da segregação racial. Entretanto, seu discurso dividiu a sociedade americana, pois muitos acreditavam que os negros não deveriam ter os mesmos direitos que os brancos.

O fato de a Bíblia destacar que os irmãos de José o odiaram ainda mais ao saberem de seu sonho nos lembra de que os sonhos são ao mesmo tempo elemento de união e de desunião.

Os sonhos tendem a aproximar pessoas que têm os mesmos objetivos. Por isso é bom compartilhá-los com aqueles que torcem por nós, os quais, de alguma forma, podem contribuir para que eles se tornem realidade.

Por outro lado, os sonhos acabam nos distanciando daqueles que não partilham de nossos objetivos, que não torcem por nós e que podem nos atrapalhar. Um dos erros de José foi contar seus sonhos para pessoas que não torciam por sua felicidade nem o incentivavam a prosseguir.

Como não vivemos em um mundo perfeito, precisamos tomar cuidado com os destruidores de sonhos. Devemos aprender a amar todas as pessoas, mas nem todos contribuem para nosso desenvolvimento, especialmente o espiritual. Se alguém desvia seu olhar de Cristo, tome cuidado, pois essa pessoa pode estar sendo usada pelo inimigo como um instrumento.

Quando morar com Cristo por toda eternidade é o nosso principal sonho, automaticamente somos levados a nos desvincular de determinados grupos e de pessoas que não partilham de nossas expectativas. Pense seriamente nisso, pois é mais fácil ser influenciado do que influenciar.