Segundo a Física, todo movimento depende de um referencial. Por exemplo, quando pensamos em medir o tempo, observamos a translação, isto é, o movimento da Terra ao redor do Sol, e definimos esse período como correspondente a um ano terrestre.
Mas como esse parâmetro de medida funcionaria nos demais planetas do sistema solar? Em Mercúrio, o ano teria aproximadamente 88 dias terrestres. Já em Plutão, ele teria cerca de 248 anos. Você não leu errado, a translação nesse planeta anão dura aproximadamente 248 anos terrestres.
No verso de hoje, vemos que Calebe esperou 45 anos pelo cumprimento da promessa de Deus. Pode parecer muito tempo, mas, particularmente, gosto de pensar que o Criador do Universo não tem um relógio. Mesmo que tivesse, certamente Seu dia provavelmente não teria 24 horas. Quando Deus faz uma promessa, é preciso saber que o tempo certo para o cumprimento dela é determinado por Ele, que não Se atrasa nem Se esquece.
Toda promessa passa pelo teste do tempo, pois ele é um instrumento empregado por Deus para nosso aperfeiçoamento. Funciona como um tratamento para aprimorar nosso caráter e provar nossa fé. Deus nos prepara para desfrutarmos plenamente da promessa, pois a bênção sem a transformação necessária para recebê-la e compreendê-la se torna uma maldição.
O grande problema é não saber lidar com o tempo. Na ânsia pelo cumprimento da promessa, alguns tentam “ajudar” o Senhor. Como Abraão e Sara, resolvem dar um jeitinho. Normalmente, isso só atrapalha.
Quando Deus faz uma promessa, Ele imediatamente passa a agir em prol de seu cumprimento, por mais que muitas vezes não enxerguemos ou entendamos Suas ações. O que precisamos fazer é crer, pois Ele nunca deixará falhar nenhuma de Suas promessas.
O teste do tempo de Calebe durou 45 anos, mas ele nunca se esqueceu da promessa nem duvidou de Deus. Ele compreendeu que o tempo é um instrumento divino, por isso nunca tentou “dar um jeitinho”. Simplesmente creu. Seu exemplo vem motivando os filhos de Deus ao longo dos séculos.