Fora da nação judaica, houve homens que predisseram o aparecimento de um Instrutor divino. Esses homens andavam em busca da verdade, e foi-lhes concedido o Espírito de inspiração. Um após outro, como estrelas em um céu escuro, esses mestres haviam se erguido. Suas palavras proféticas despertaram a esperança no coração de milhares no mundo gentio.
Fazia séculos que as Escrituras haviam sido traduzidas para o grego, idioma amplamente falado no Império Romano daquela época. Os judeus estavam espalhados por toda parte, e sua expectativa pela vinda do Messias era, até certo ponto, compartilhada pelos povos de outras nações. Entre aqueles a quem os judeus classificavam como pagãos, encontravam-se pessoas que possuíam melhor compreensão das profecias bíblicas sobre o Messias do que os mestres de Israel. Alguns O esperavam como Libertador do pecado. Filósofos se esforçavam para estudar profundamente o mistério do sistema cerimonial hebraico. Contudo, a intolerância dos judeus impedia a disseminação da luz. Com o objetivo de manter a separação entre eles e as outras nações, não se dispunham a comunicar o conhecimento que ainda possuíam sobre os símbolos do santuário. Era preciso que viesse o verdadeiro Intérprete. Aquele a quem todos esses tipos representavam devia explicar o significado de cada elemento.
Por meio da natureza, de tipos e símbolos, de patriarcas e profetas, Deus havia falado ao mundo. As lições deviam ser dadas à humanidade na linguagem da própria humanidade. O Mensageiro da Aliança devia falar. Sua voz devia ser ouvida em Seu templo. Cristo tinha que vir para proferir palavras que fossem compreendidas de forma clara e inequívoca. Ele, o autor da verdade, devia separá-la do joio das opiniões humanas que a haviam anulado. Os princípios do governo de Deus e o plano da redenção deviam ficar claramente definidos. As lições do Antigo Testamento precisavam ser plenamente apresentadas aos seres humanos (O Desejado de Todas as Nações, p. 21, 22 [33, 34]).
PARA REFLETIR: Cristo veio à Terra a fim de que a humanidade ouvisse as palavras de vida diretamente dos Seus lábios. Com que frequência você pede a Jesus que lhe fale ao coração? O que você faz quando o silêncio divino se torna ensurdecedor?