Segunda-feira
04 de janeiro
Obrigada, Senhor!
Mas graças a Deus, que sempre nos conduz vitoriosamente em Cristo. 2 Coríntios 2:14

“Primeiramente dou graças a meu Deus” (Rm 1:8, ARA). “Sempre dou graças a meu Deus” (Fm 1:4). “Não cesso de dar graças” (Ef 1:16, ARA). Das 14 cartas de Paulo, apenas uma não contém expressões de gratidão.

Se o contexto de suas palavras fosse confortável, isento de problemas e inimigos, seria fácil compreender tantas expressões de gratidão, mas o apóstolo experimentou grandes adversidades. Cercado de inimigos e de incertezas, suportou prisões, apedrejamentos, açoites, naufrágios, ataques, julgamentos e perseguições de seus patrícios e de irmãos da nova fé.

Como ele podia agir tão pleno de gratidão, diante dos infortúnios? Sua atitude se originava na firme convicção de que a gratidão sincera é um dos elementos básicos e indispensáveis de um cristão.

Gratidão é a valorização do que se tem e o reconhecimento de que alguém prestou tal benefício. Agradecer gera contentamento. Quanto mais expressamos gratidão, menos descontentes somos. A gratidão faz com que nos concentremos naquilo que temos; o descontentamento, naquilo que não temos. Gratidão atrai pessoas, estreita laços e desfaz nós; descontentamento as afasta e cria nós.

Gratidão é um dos segredos das pessoas fortes, pois é impossível ser grato e, ao mesmo tempo, viver dominada por medo e raiva, por exemplo. Ela gera outros sentimentos, como amor, compreensão, compaixão e alegria. O descontentamento precede as reclamações, insatisfação, tristeza e o desejo de pagar o mal com o mal.

Gratidão gera uma sensação fundamental à autoestima: a de ser abençoada. Quando a pessoa é grata, mesmo diante dos maiores desafios, ela reconhece que aquela dificuldade é apenas uma experiência de aprendizado. Consequentemente, essa atitude a leva a confiar mais em sua capacidade de superação. A descontente, acreditando ser uma vítima, concentra-se somente na própria derrota.

Paulo mantinha a convicção de que, mesmo diante dos piores problemas, Deus estava à frente usando seus maiores desalentos para transformá-lo à semelhança Dele.

Que tenhamos essa convicção! Assim, perceberemos que Deus nos ama, nos guia e faz planos para nós. Nossa mente encontrará calma e repouso, e seremos capazes de dirigir sinceras ações de graças ao Céu.