Quinta-feira
25 de julho
Olha a boca!
Põe guarda à minha boca, Senhor; vigia a porta dos meus lábios. Salmo 141:3?

Todas nós temos que viver um padrão mais elevado. Isso ficou muito claro para mim numa reunião recente do meu grupo de escritores. Quando entrei na sala, um dos membros do grupo me cumprimentou. 

Depois, um segundo membro instruiu o grupo: 

– É melhor vocês cuidarem com o linguajar, porque a Pat chegou. 

Espero que a minha linguagem corporal não tenha mostrado minha reação. Eu nunca tinha condenado o linguajar de ninguém. Torço para que a minha expressão facial também não tenha censurado ninguém. 

É verdade que, quando me pediram para analisar o trabalho de outras pessoas do grupo, eu disse algumas vezes que não havia necessidade de usar linguagem vulgar para se expressar. Talvez tenha sido isso que motivou o comentário de hoje. Por outro lado, espero que minha conduta inspire outras pessoas a ser melhores. Acredito que cada pessoa tenha a responsabilidade de ajustar o tom da conversa à sua volta. 

Tenho pensado naqueles dois comentários muitas vezes desde aquele dia. 

Sendo cristã, creio que minhas palavras falam muito sobre meus ideais e minhas intenções. Já tive que cortar relações com algumas pessoas que insistiam em viver o lado mau da vida. Além disso, sempre tenho que entender qual é a influência que estou exercendo sobre as pessoas, assim como o que as pessoas causam em mim. 

Tenho a responsabilidade de viver de tal maneira que Cristo, caso estivesse diante de mim, pudesse dizer: “Bem está serva boa e fiel”, em vez de: “Aparte-se de Mim.” 

Eu oro muito por isso. Estou sempre buscando mais sabedoria. Mas quero que minha conduta diante das pessoas seja boa para ajudá-las e não condená-las com uma atitude do tipo: “Eu sou melhor que você.” 

Temos que viver de modo que quando saímos de um ambiente, as pessoas fiquem tristes ao nos verem partir, em vez de se sentirem aliviadas porque a chata que só critica foi embora. O sábio rei Salomão declarou: “Quem guarda a boca e a língua guarda a sua alma de muitas dificuldades” (Pv 21:23). 

Se um pensamento ou palavra que eu disser levar outras pessoas a tropeçar, devo reavaliar os meus pensamentos. Desde aquele dia, tenho tentado prestar mais atenção à minha boca. 

Patricia Cove