Levei muitos anos para finalmente começar a entender Romanos 8:28 na prática. O que mais me ajudou a realmente entender esse verso foram minhas experiências como esposa de pastor. O ministério não é um mar de rosas. Sim, há de fato algumas lindas e belas rosas no ministério, mas não existe roseira sem espinhos. Eu gosto do ministério. Realmente o amo. Acredito que é a coisa mais nobre que uma pessoa pode fazer com sua vida.
E assim, quando me tornei esposa de pastor, após quase sete anos de namoro, tive certeza de que era isso que eu queria e pensava estar bem preparada para essa jornada. Em minha imaginação, tudo que eu podia antever era felicidade e uma vida cheia de satisfação e união. Mas, infelizmente, acordei para descobrir que o ministério não era como eu pensava. Descobri que era uma obra árdua, solitária e, às vezes, muito insensível . Não me entenda mal, pois também há alegrias. No entanto, para o propósito deste devocional, permita-me compartilhar com você uma parte de minha jornada, com a esperança de que isso ajude a edificar alguém.
As igrejas que tive o privilégio de servir parecem ter seus próprios padrões de quem e como a esposa de pastor deve ser, como ela deve agir e se vestir. Entre suas “exigências”, a esposa de um pastor precisa cantar, pregar, tocar algum instrumento, ser extrovertida e é bom que ela tenha filhos perfeitamente comportados. Tentei muito agradá-los! Veja bem, o sucesso de meu marido era importante para mim. Mas eu estava realmente feliz fazendo tudo isso? Claro que não. Fui forçada a fazer coisas que odiava, mas as fazia por causa do ministério. Os muitos outros sacrifícios pareciam intermináveis. Sim, o ministério tem espinhos.
Mas quem realmente é a esposa de pastor? Eu a vejo como qualquer outra mulher na igreja com a mesma necessidade de salvação. A esposa de pastor não é uma supermulher; ela é uma pessoa que ama o Senhor o suficiente para entregar sua vida ao ministério para a salvação de almas. Contudo, adivinha o que eu descobri? Ela também é humana. Isso significa que ela pode se sentir doente, triste, louca e feliz.
Muitos membros da igreja não parecem vê-la dessa maneira. E me pergunto se nós, esposas de pastor, às vezes enganamos os outros fazendo-os pensar que somos heroínas! No entanto, a verdade é que somos apenas vasos quebrados que almejam estar prontos para a casa do Oleiro e para Seu uso!
{ Jacqueline Hope HoShing-Clarke }