Sábado
25 de agosto
Ore pelos filhos
Levante-se, grite no meio da noite [...]. Levante para Ele as mãos em favor da vida de seus filhos. Lamentações 2:19

Parecia uma típica manhã de abril na Carolina do Sul, com uma brisa morna e acariciadora e um céu azul limpo que prometiam um dia maravilhoso. Entretanto, eu sentia um toque urgente no coração. Como mãe, aprendi a sussurrar orações por meus filhos quase tão subconsciente e continuamente como era respirar. Mas agora, por razões que eu desconhecia, uma voz na alma insistia para que eu orasse ao longo do dia todo por nossa filha mais nova, Karla.

Na verdade, essa impressão ficou tão forte que solicitei a Joyce, uma irmã da igreja, guerreira da oração, para que se unisse a mim nessa intercessão.

Karla está no colégio, estudando desenho industrial, e não é incomum que ela trabalhe até tarde no estúdio. Naquela noite, ela saiu da escola depois das 23 horas para fazer o trajeto de aproximadamente trinta minutos de carro para casa. Eu já havia ido para a cama; porém, de súbito fui despertada pela voz incomumente alta e ansiosa de nosso filho, saindo pela porta do seu quarto. “Vou sair já”, disse Martin. “Mamãe, a Karla sofreu um acidente. Ela tentou ligar para você, mas você estava dormindo, e então ela me ligou”, explicou ele. “Ela está na Rodovia 170. A polícia já está a caminho. Mamãe, ela está bem. Não se preocupe.” Assim que Martin saiu de casa, liguei para Karla.

“Mamãe, eu poderia estar morta!” A voz dela soava cheia de medo.

Mais tarde, quando vi os destroços que sobraram do carro, soube exatamente o que ela quis dizer. O carro foi torcido e curvado de todos os lados. O lado do motorista ficou tão danificado que parecia quase inexistente. Mesmo assim, nossa preciosa filha saiu andando, sem nenhum arranhão. “Mamãe”, disse Martin posteriormente, “isso foi um milagre.” Antes de voltar para a cama, enviei rapidamente uma mensagem de texto para Joyce, fazendo uma resumida recapitulação dos eventos e agradecendo suas orações. Na manhã seguinte, Joyce telefonou. “Ida, ontem à noite fui para a cama; porém, por alguma razão, não conseguia cair no sono. Eu me virava e revirava, mas simplesmente não conseguia dormir”, contou ela. “Por volta das onze horas, ouvi uma voz, alta e clara: Ore por Karla mais uma vez. Fiz isso. Depois, fechei os olhos e dormi.”

A oração continua, em grande parte, um mistério para mim. Contudo, uma coisa eu sei: Deus pede que oremos, e eu continuarei orando – pela vida dos filhos Dele.

Ida T. Ronaszegi