Se analisássemos o evangelho e a pregação de Paulo como um estudo de caso no campo do marketing, teríamos o exemplo máximo de algo que tinha tudo para dar errado. Nenhum publicitário dos tempos de Roma aceitaria usar a cruz – um instrumento de ignomínia – como sinal de esperança.
Imagine, nos dias de hoje, Jesus dizendo para “tomarmos assento na cadeira elétrica” e segui-Lo? Ou, então, Paulo convidando os crentes a “amar a injeção letal de Cristo”. Isso não faz o menor sentido. Não é à toa que “Deus achou por bem salvar os que creem por meio da loucura da pregação” (1Co 1:21).
Embora a loucura seja plenamente diagnosticável em certos contextos, sua definição pode se tornar subjetiva e, por vezes, equivocada, dependendo do que estamos discutindo. Mesmo fora do âmbito religioso, quantas excentricidades foram consideradas loucura pelos contemporâneos e reconhecidas como genialidade por aqueles que vieram depois?
Nikola Tesla, Galileu Galilei, Albert Einstein, Vincent Van Gogh e Virginia Woolf foram pensadores que trafegaram no limite entre a loucura e a genialidade. Portanto, o que realmente definirá um indivíduo são os frutos do seu trabalho. Como alguém disse, “um louco sem resultados será sempre um louco, mas um louco com resultados será um gênio”.
A comparação, no entanto, para aqui, pois, no que diz respeito à pregação, esta não se limita à genialidade humana. É dom de Deus dado para a salvação de todo aquele que crê.
Conta-se a história de um homem que decidiu realizar algo que parecia impossível. Todos riram dele, dizendo: “Ninguém jamais fez isso, você não conseguirá.” Mas ele cumprimentou os descrentes, tirou o chapéu, arregaçou as mangas e começou. Ao meio-dia, as provocações ficaram mais contundentes e, às 15 horas, mais ameaçadoras. O homem simplesmente acenava e seguia em frente. Ao fim do dia, estava exausto e machucado, ainda ouvindo ecos: “Você não vai conseguir.” Sabe o resultado? Ele fez.
E, para você, qual seria o desafio aparentemente insuperável em sua vida? Coloque essa impossibilidade no altar do Deus do impossível. Quem sabe essa crônica anônima que você leu possa resumir sua própria jornada?