Tive a oportunidade de visitar a galeria de arte estadual em minha cidade na- tal para um tour guiado às obras de arte pintadas pelos cerca de cinquenta finalistas em uma prestigiosa competição anual. Os retratos expostos apresentavam variações notáveis, não apenas quanto ao tema, mas também no tamanho, estilo e uso de cores. À medida que nossa guia indicava cada pintura, compartilhava trechos interessantes de informações sobre cada assunto e artista, bem como as técnicas usadas na criação do retrato. Um aspecto que nossa guia mencionava com frequência eram os olhos das pessoas. Algumas das pessoas retratadas na tela pareciam estar olhando diretamente para o espectador com olhar firme e confiante, enquanto outras pareciam estar olhando para longe. Algumas tinham olhos que brilhavam com bom humor, mas várias vezes nossa guia comentava sobre a tristeza nos olhos da pessoa e revelava que ela havia passado por luto nos meses anteriores à pintura do retrato.
Lembrei-me do ditado: “Os olhos são as janelas da alma.” Certamente nossos olhos podem revelar algo do que está em nosso coração. Por outro lado, o coração e a mente podem ser afetados – para o bem ou para o mal – pelas palavras e imagens que percebemos com nossos olhos. Jesus disse: “Os olhos são a lâmpada do corpo. Se os seus olhos forem bons, todo o seu corpo será cheio de luz; se, porém, os seus olhos forem maus, todo o seu corpo estará em trevas” (Mt 6:22, 23). Ponderando ainda mais, refleti que o fato de saber que há alguém observando você pode ser desconfortável ou ameaçador; mas ter alguém zelando por você pode ser muito reconfortante. Considere, por exemplo, a afirmação do salmista:
“Os olhos do SENHOR repousam sobre os justos, e os Seus ouvidos estão abertos ao seu clamor” (Sl 34:15).
Que tremenda fonte de confiança e encorajamento é poder imaginar, com os olhos da mente, as coisas maravilhosas que Deus nos prometeu em Sua Palavra! Como Paulo escreveu aos crentes de Éfeso: “Oro também para que os olhos do coração de vocês sejam iluminados, a fi m de que vocês conheçam a esperança para a qual Ele os chamou, as riquezas da gloriosa herança Dele nos santos e a incomparável grandeza do Seu poder para conosco, os que cremos, conforme a atuação da Sua poderosa força” (Ef 1:18, 19, NVI).
Jennifer M. Baldwin