Quarta-feira
04 de setembro
Os planos de Deus
“Eu é que sei que pensamentos tenho a respeito de vocês”, diz o Senhor. “São pensamentos de paz e não de mal, para dar-lhes um futuro e uma esperança.” Jeremias 29:11??

Será que eu faço planos e Deus toma nota e ajuda a concretizá-los? As experiências da vida me levaram a pensar o contrário. Deus tem um plano, Ele coloca esse plano em minha mente e abre os caminhos para que ele seja realizado do jeito Dele, no tempo Dele. Deus inicia esse objetivo, não eu.

Em um curso de pós-graduação que fi z, minha professora, Dra. Irene Wakeham, solicitou que a classe desse uma aula em um idioma diferente do inglês sem usar nenhuma tradução. Ela pediu que escolhêssemos um idioma que nenhum dos outros alunos soubesse. Para demonstrar, ela deu uma aula e escreveu no quadro um pequeno discurso de quatro frases em francês. Tendo crescido e estudado todas as três décadas da minha vida nas Filipinas, eu jamais tinha ouvido uma palavra em francês. Naquela primeira exposição de dez minutos a esse novo idioma (para mim), um desejo brotou em meu coração – o de saber me comunicar em francês. Como? Eu não tinha a menor ideia. Durante anos, o pensamento se repetiu. Então, certo dia, quinze anos depois, meu marido recebeu um chamado para trabalhar em Camarões, um país de língua francesa na África Central. Ao frequentarmos um instituto de missões na Inglaterra para nos prepararmos para essa nova missão, um dos vice-presidentes da igreja veio nos cumprimentar.

“Então, vocês vão para Camarões. Vocês falam francês?” Meu marido balançou a ca- beça negativamente. Eu disse que sabia falar quatro frases em francês.

“Isso não vai funcionar”, ele riu. Depois, disse sério: “Vocês vão ter que ir para uma es- cola de idiomas. Vou ligar para a escola de idiomas em Collonges [Haute-Savoie, França] para avisar que sua família está indo.” Assim começou o processo de crescimento da se- mente – os “planos [de Deus] que tenho para vocês” – que Ele semeou em meu coração. Nenhum professor de idiomas poderia ter uma aluna mais motivada. Achava cada aula empolgante, mesmo com as respostas constrangedoras que eu dava quando não entendia as perguntas. Eu estava aprendendo a me comunicar na língua dos meus sonhos.

Minha família não aprendeu o idioma nos dois meses e meio que ficamos naquela escola. Entretanto, conseguimos um vocabulário básico, primeiro para sobreviver e, depois, para fazer o trabalho para o qual fomos chamados. Depois de cinco anos em Camarões, fomos transferidos para o Zaire (atual República Democrática do Congo), onde trabalhamos e falamos francês por dez anos.

Meus/nossos planos? Meus/nossos pensamentos? Não! Eles foram iniciados por Deus. 

Bienvisa Ladion Nebres