Segunda-feira
08 de julho
Os tres batráquios
Então, vi saírem da boca do dragão, da boca da besta e da boca do falso profeta três espíritos imundos semelhantes a rãs. Apocalipse 16:13

Sapos, rãs e pererecas fazem parte da ordem dos anfíbios anuros. Nascem na água, mas ao crescer tomam destinos diferentes. Os sapos preferem viver na terra, as rãs continuam a viver em lagoas e charcos e a perereca gosta das árvores. Cintura fina, empoleirada, a perereca rasteja molemente nos galhos e troncos, como se estivesse deslizando. O salto é tão ágil quanto o de um trapezista. Seu jeito silencioso de andar objetiva não despertar os inimigos.

Algumas são verdes a ponto de se confundirem com as folhas. À semelhança dos camaleões, mudam de cor facilmente, adaptando-se ao ambiente. As ventosas na ponta dos dedos as ajudam a subir em troncos e paredes. O cunauaru é a mais famosa entre as pererecas. Seu corpo malhado é menor do que um palito de picolé. Na época da procriação, ela também é especial. Enquanto sapos e rãs retornam às lagoas, o cunauaru permanece na árvore onde vive.

Procura um galho ou tronco oco e aí constrói o ninho. Para isso, prepara uma bacia entre as paredes de madeira, usando uma resina cerosa, impermeável, retirada de algumas árvores. A água da chuva enche a bacia e, dentro dela, o cunauaru deposita os ovos. Nessa piscina aérea natural, a 5 ou 6 metros de altura, os girinos nascem e se desenvolvem. O material usado pelo cunauaru é isolante e evita qualquer tipo de contaminação que a madeira, em contato com a água, possa provocar aos filhotes. Já a perereca verde se vale de outro expediente. Ela põe os ovos na folha de um galho pendente sobre uma lagoa. Depois, os futuros pais enrolam a folha, que se gruda por causa da gelatina que envolve os ovos. Quando os girinos nascem, deixam-se cair na água.

Os três espíritos que João viu sair da boca do dragão, da boca da besta e da boca do falso profeta poderiam ser comparados com sapos ou qualquer outro batráquio. A rã serve apenas para sugerir imundície gosmenta. O verso 14 diz que as três rãs são espíritos de demônios. Eles são contrários a Deus, e tudo o que fazem é para estimular as pessoas a adorar a natureza e o ser humano. Adorar a qualquer coisa, menos ao Criador. Além disso, ensinam que a Palavra de Deus e os Seus mandamentos não precisam ser obedecidos. Eles também dizem que a alma não morre. Fique esperto, fique sempre com Jesus para não cair na conversa dos batráquios espirituais.