Quem joga ou já jogou vôlei sabe como é estranho quando você passa a bola para alguém do seu time e, em vez de devolver ou levantar a bola, a pessoa simplesmente manda a bola para o time adversário, deixando você no vácuo. Imediatamente bate um sentimento de frustração pela oportunidade perdida. É como se você estivesse conversando com alguém que não sabe ouvir e que fica interrompendo a sua fala.
O sábio afirma: “O tolo não tem prazer no entendimento, mas sim em expor os seus pensamentos” (Pv 18:2). Ou seja, tolo é aquele que não se preocupa em ouvir com atenção o que está sendo dito pelo outro, pois está mais preocupado em expor o próprio pensamento. Em outras palavras, ele não está escutando; está apenas ganhando tempo para formular a próxima fala. Como em uma partida de vôlei, ele não devolve a bola. Isso frustra as pessoas.
Cristo, que tinha mais para falar do que qualquer um, era um ouvinte atento desde criança. No verso de hoje é dito que Ele estava no templo, rodeado de doutores, ouvindo e fazendo perguntas. E todos ao redor se admiravam com a inteligência de Suas respostas.
Falar mais do que os outros em uma conversa não confere a ninguém o título de mais inteligente. Por isso, aprenda a ouvir com atenção o que os outros dizem. Empenhe-se para apreciar os temas que seus interlocutores apreciam. Ao final, mesmo que não tenha dito tudo o que pretendia, você será reconhecido como uma pessoa “boa de papo”.
Por que esse tema é tão importante? Porque bons ouvintes têm se tornado cada vez mais raros. Ouvir com atenção é uma bela demonstração de empatia. Os bons ouvintes tendem a cativar as pessoas.
Se Jesus, a fonte de todo conhecimento, Se preocupou em ouvir as pessoas atentamente, quem somos nós para não fazer o mesmo? Procure se esforçar para ouvir com atenção aqueles com quem você conversa. Essa atitude pode criar grandes oportunidades para a pregação do evangelho.