Se às vezes você se sente “um peixe fora d’água”, não é o único. Há pessoas que acham um pecado imperdoável ser “diferente” da maioria no jeito de ser, pensar ou agir. Portam-se como “patinhos feios”, tentando ser aceitas e amadas. É estranho. Contudo, é ainda mais estranho imaginar que alguém com “todas as qualidades” desejáveis possa se sentir rejeitado, não é? Mas acontece! Foi assim com Nicole. Sendo uma das melhores alunas da turma, um dia ela se sentou no fundo da classe e, em silêncio, fez a seguinte prece: “Senhor, desejo que hoje o professor me faça uma pergunta, e eu não saiba a resposta!” Ela queria errar e fazer um “papelão” só para ser como a maioria. Queria deixar de ser inteligente, a aluna que sabia tudo, e tornar-se uma estudante, digamos, comum.
Deus não precisa de pessoas incomuns para Lhe servir, mas Ele não rejeita ninguém, nem mesmo os que parecem “estranhos no ninho”. Analise o exemplo de Saulo. Desde pequeno, sempre foi muito promissor. Quando cresceu, destacou-se entre os discípulos de Gamaliel. Tinha perfil de líder e um poder de persuasão invejável. Sua “personalidade brilhante” causava admiração, e ele já estava acostumado. Só não esperava que seus “superpoderes” chegassem a ser um problema. Teve que aprender a dominá-los. “Considero tudo como perda”, declarou (Fp 3:8). Para ele, Cristo Se tornou o mais importante.
As qualificações de alguém podem resultar em inveja, medo, autoproteção, preconceito ou qualquer outro motivo, por parte de algumas pessoas. Se você tem sido vítima disso, apresente o caso a Deus. Por incrível que pareça, é preciso aprender a se defender por ser overqualified, acima da média,“qualificado demais”. Haverá lágrimas, dúvidas, dilemas que poderiam ser evitados, mas que não serão. Sua honestidade, fidelidade, batismo, currículo, “pedigree” e até mesmo sua palavra serão questionados. Só restará Deus, e só Ele o sustentará. Foi assim com Paulo. Pode acontecer com você também. Mas sabe o conselho que o apóstolo lhe daria, não é? Prossiga! Às vezes parece que não, mas a recompensa vale a pena.