Marcos cresceu sem pai. Ele jamais experimentou o abraço apertado de alguém que o chamasse de “meu filho”. Nunca vivenciou aquelas “perigosas” brincadeiras que só um pai sabe fazer. Era “órfão” de pai vivo. Uma coisa é saber que seu pai morreu; outra é saber que ele nunca quis que você nascesse.
Em uma tarde comum, a mãe daquele garoto reconheceu o ex-esposo sentado em um banco da praça. Ela acreditava ser a grande oportunidade de Marcos conhecer o verdadeiro pai. Pouco a pouco, ela foi se aproximando do local em que ele estava e, apontando o dedo, disse a Marcos: “Aí está o seu pai. Corra! Abrace-o!”
Meio desconfiado, Marcos se aproximou de mansinho até fitar o rosto daquele homem e, esboçando um sorriso, exclamou: “Pai! O senhor é meu pai, sabia?” Marcos não queria dinheiro nem presentes. Esperava somente um sorriso ou um singelo abraço. Mas não recebeu nada disso. Apenas ouviu uma frase que confirmou que o abandono do lar não foi um acidente: “Eu não sou seu pai. Diga à sua mãe para parar de inventar essa história.”
Após humilhar o garoto, deu as costas e foi embora. Cinquenta anos depois, o mesmo homem precisou de um filho, pois estava enfermo e preso a uma cadeira de rodas, sem ninguém para ampará-lo. Mal não se paga com mal. O amor é a melhor vingança que existe. Foi isso que Marcos fez, cuidando do pai na velhice mesmo tendo sido rejeitado a vida inteira.
Se pais biológicos abandonam os filhos, o Pai celestial jamais abandona os filhos Dele. Ele ama e protege todos que se achegam a Ele por meio de Jesus. Os filhos de Deus não são rejeitados, são herdeiros do Reino.
Se você se identifica com a história de Marcos, não se desespere. Creia que Deus é um Pai que ama e protege Seus filhos. Ele nos adota como filhos legítimos e nos cobre de honra. Lembre-se: para Deus você nunca será órfão.