Eu havia acabado de sair de uma vigília jovem em Jacareacanga, Pará, correndo para entrar na van e viajar pela Rodovia Transamazônica rumo a Itaituba, onde encontraria algumas amigas de ministério e juntas sairíamos de lancha para um encontro de esposas de pastores em Santarém.
Tudo estava planejado em minha cabeça, só havia um porém: a chuva! A rodovia não é totalmente asfaltada, e, em período de chuva, torna-se difícil e perigoso viajar por ela. Orei, pedindo a Deus que o dia estivesse ensolarado para uma viagem mais tranquila, e realmente o dia estava lindo. Despedi-me de meu esposo e entrei na van. Dormi os primeiros quilômetros até que o motorista parou.
Todos começaram a descer, e eu, curiosa, fui junto. Foi então que vimos a estrada cortada pela chuva do dia anterior. Não teríamos como atravessar, pois o espaço era enorme e muito fundo. Discutimos com o motorista a possibilidade de voltar, mas ele estava irredutível. A saída era descermos pela mata e subirmos até o outro lado da estrada para esperarmos outra van. Assim fizemos. Ajudei a abrir caminho para algumas pessoas passarem na mata, enquanto os homens atravessavam as bagagens (valeu a pena ser desbravadora). A van chegou ? horas depois. Parava de 30 em 30 minutos. A chuva caía, mas chegamos bem.
Em meio a tudo isso, percebi que eu havia pedido algo para Deus pela primeira vez. Eu dizia várias vezes baixinho: “Pai, não me abandona!”
Deus cuida de nós. Ele cuidou de mim naquele momento sufocante e em tantos outros. Cuidou de mim em uma estrada desconhecida, sem ninguém da minha família por perto e fez com que eu acalmasse alguém, mesmo estando apavorada por dentro.
Quero que a resposta que Deus me deu naquele dia e que me fez sentir segura seja a resposta para você hoje. Ele disse: “Quando foi que Eu abandonei você?”
Isabela Lourenço