Domingo
30 de abril
Passeio de bicicleta
Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque Tu estás comigo; o Teu bordão e o Teu cajado me consolam. Salmo 23:4, ARA

Havíamos planejado passar o feriado em família, andando de bicicleta, em vez de usar o carro. Para garantir a confiabilidade de nossas bikes, nós as levamos à oficina. Esse trecho de 20 quilômetros foi, em si, um curto e belo tour, enquanto passávamos por caminhos específicos para bicicletas e por trilhas na mata. Tivemos que deixar as bicicletas para o serviço de manutenção e nos disseram que devíamos retirá-las na tarde de sexta-feira. Tudo bem. Isso nos daria tempo para um passeio de lazer, menos apressado, de volta para casa. Meu esposo nos trouxe para casa de carro.

A sexta-feira amanheceu amena e ensolarada – um dia perfeito para andar de bicicleta, da oficina para casa. Empacotei um pequeno lanche para nosso trajeto
de retorno. Meu esposo nos levou de carro até a oficina. As bicicletas tinham passado pelo serviço de manutenção e estavam à nossa espera. Eram quase 3h30 da tarde quando meus filhos e eu partimos para casa de bicicleta. Meu esposo voltou de carro.

A seguir, com apenas poucos quilômetros percorridos, nuvens escuras encobriram inesperadamente o sol. Na verdade, grandes nuvens se ergueram atrás de nós. O céu à nossa frente ainda estava claro e brilhante, de modo que aumentamos a velocidade a fim de escapar do mau tempo. Um vento forte e frio começou a soprar. Rajadas agitavam galhos de árvores, agitando as folhas dos ramos, enquanto as folhas no chão rodopiavam em volta dos pneus das bicicletas. Ouvimos uma trovoada distante, o que significava a aproximação rápida de um temporal. De repente, fiquei aterrorizada. Uma gota de chuva caiu no meu rosto. Depois senti chuva nas costas. “Vamos acelerar, crianças”, eu disse, e acionamos os pedais com mais velocidade. Passando por um vilarejo, vi uma edificação em forma de arco. “Vamos esperar aqui um pouco para ver como fica o tempo”, sugeri. Assim que nos acomodamos sob o arco, a chuva caiu. A cântaros. Fomos salvos de uma chuva torrencial no momento certo. O temporal estava sobre nós. Não temerei mal nenhum, refleti.

Entre cortinas de chuva pesada, localizei um pavilhão a curta distância. Com bicicletas e tudo, nos mudamos para esse abrigo maior e mais seco. Durante a hora e meia seguinte – embora com frio, mas não molhados –, comemos o lanche e brincamos com jogos de palavras. Algumas pessoas do local reforçaram a tenda-pavilhão para nos proteger melhor. Mais tarde, fomos para casa, para grande alívio do meu esposo que nos aguardava.

Pensei: Andamos, hoje à tarde, pelo vale da sombra da morte e da tempestade de raios, mas Deus nos protegeu, abrigou e confortou. Ele fará isso por você também, hoje.

Sandra Widulle