Domingo
13 de setembro
Peçam e lhes será dado
Por isso lhes digo: Peçam e lhes será dado; busquem, e encontrarão; batam, e a porta lhes será aberta. Pois todo o que pede, recebe; o que busca, encontra; e àquele que bate, a porta será aberta. Lucas 11:9, 10

Durante os primeiros anos de vida de meu filho mais velho, ele teve muitas complicações de ordem respiratória e muitas infecções de garganta. Naquela época, o médico orientou que ele operasse as amígdalas e procurássemos um ortodontista para ajudá-lo a consertar a mordida disfuncional, que isso automaticamente corrigiria a respiração, principalmente a noturna. Não dormindo mais de boca aberta, ele não contrairia bactérias e infecções na garganta.

Fazer tratamento ortodôntico 20 anos atrás era algo muito caro. Por isso, fizemos todas as recomendações para que nosso filho cuidasse bem do aparelho que ele usava durante o dia e do que usava à noite.

Na época, nossos filhos estudavam no antigo IAE (atualmente Unasp-SP). Além de cursar o ensino fundamental, eles também estudavam música no conservatório. Era uma alegria para eles ter a tarde preenchida com atividades das quais eles gostavam muito.

Um dia, meu filho mais velho voltou triste para casa, pois havia perdido o aparelho de uso diurno. Tive a tentação de adverti-lo, de chamar a atenção dele para que fosse mais cuidadoso, mas me lembrei de um texto de Ellen White, em que ela enfatiza qual deve ser nossa reação diante do sofrimento e dos desapontamentos de nossos filhos. Ela diz que devemos acolhê-los, e foi assim que fiz.

No dia seguinte, depois das atividades rotineiras, fui pegar meus filhos na escola. O sorriso de meu primogênito estava de “orelha a orelha”.

– Mamãe, achei o aparelho! – ele disse. – Eu orei, e Jesus cuidou dele e o protegeu.

Fiquei admirada e me perguntei como um aparelho tão pequeno, transparente e frágil tinha sido recuperado.

Quando a zeladora da escola foi recolher o lixo, um pequeno embrulho lhe chamou a atenção. Ao abrir o guardanapo de papel, ela percebeu que era o aparelho ortodôntico do meu filho. Deus ouviu a oração daquele menino que confiava Nele.

Vinte anos depois, meu outro filho, o mais novo, ao entrar no mar com os óculos, também voltou triste. As ondas levaram seus óculos. O que fazer? Orar! Depois de muito procurar, no vaivém das ondas, eis que o mar devolveu seus óculos.

Não tenha receio de pedir, buscar e bater. Deus sempre estará à porta para receber você e para lhe dar aquilo de que você precisa.

Meri Cristina Cruz de Araújo