Uma cortina de luz brilhante se estende por centenas de quilômetros, movendo-se lentamente. Na base, uma luz verde seguida por uma luz vermelha pulsa e ondula, como se fosse um tecido ao vento. Surgem manchas, raios e arcos no emaranhado de luz gerado por um milhão de watts de energia. Transmissões de rádio, radares, bússolas e até a rota de satélites podem ser alteradas. Quem vê e não sabe, pensa que o céu está pegando fogo.

No ano 42 a.C., uma aurora polar levou Tibério, o imperador romano, a pensar que Óstia, uma cidade vizinha de Roma, tinha sido incendiada. Durante a Segunda Guerra Mundial, ela enganou os americanos que pensaram estar diante de uma invasão japonesa. Apesar de chamar-se aurora, só acontece à noite. É um fenômeno luminoso provocado por partículas incandescentes que são despejadas sobre a Terra. Elas viajam a um milhão e quatrocentos mil km/h e ao atravessar a linha magnética de nosso planeta dão um show de cor e luz.

Quando isso acontece, além de luz e calor, o Sol lança no espaço grandes quantidades de matéria (prótons e elétrons). Isso é chamado de vento solar. Agora imagine a Terra como um imã gigantesco que tem sua maior força de atração nos polos. Ao atrair os ventos carregados para uma espécie de ”túnel” magnético, as partículas são expostas a uma carga elétrica e se juntam aos gases da alta atmosfera terrestre. Em contato com o nitrogênio, sobressai a cor azul. O oxigênio e outras partículas são responsáveis pelo verde e o vermelho. Isso é a aurora polar.

Durante séculos, a aurora polar foi identificada como um sinal da ira divina e um aviso de catástrofes. Hoje sabemos que é um fenômeno físico. Quem primeiro tentou explicá-lo foi Galileu Galilei, que lhe deu o nome de aurora boreal. Um dia o céu pegará fogo de verdade. Então Jesus virá para nos buscar. Mas não precisamos temer o dia da volta de Jesus. A promessa é Dele: “Contudo, nenhum fio de cabelo da cabeça de vocês se perderá” (Lucas 21:18). Por segurança e amor, vamos ficar cada dia mais perto de Jesus. Maranata!