“Aquele que faz dormir” – esse é o significado, em tupi, de poraquê, um peixe de pele marrom-escura, quase negra, e olhos pequenos que enxergam pouco. Com dois metros de comprimento e jeitão de cobra, o bicho chega a assustar. O poraquê é um canhão elétrico 55 vezes mais potente do que a bateria de um automóvel. No Mar Mediterrâneo ele é conhecido como torpedo-elétrico e no Oceano Pacífico como torpedo-califórnia.
A potência do peixe-elétrico brasileiro pode chegar a 600 volts. É a maior entre as espécies existentes. Ele ganha até para a corrente elétrica que abastece a nossa casa (110 ou 220 volts). A energia elétrica do poraquê tem origem em sua alimentação. Enzimas, sódio e potássio fazem o jogo químico que produz a eletricidade. A concentração maior de energia elétrica no poraquê se deve ao fato da superconcentração de músculos e tecidos elétricos.
O corpo do peixe-elétrico é quase todo formado pelo órgão elétrico. As células responsáveis pela descarga chamam-se eletrócitos. Em um poraquê de 1,20 metro, por exemplo, os eletrócitos estão arrumados em série, formando um órgão elétrico de um metro de comprimento. Ele é uma bateria que nada e respira.
O poder de fogo do poraquê é suficiente para matar peixes e sapos e paralisar um cavalo. Na Amazônia, há quem diga tê-lo visto derrubar frutos de árvores próximas aos igarapés (rios pequenos) após descarregar sobre elas uma rajada elétrica. Felizmente, para quem tropeça nele dentro d’água, um único choque não é suficiente para matar um homem. Apesar de a voltagem ser alta, a intensidade da corrente (amperagem) é baixa.
Lúcifer crê em Deus e treme. Treme porque sabe que Ele é real e, em segundo lugar, porque, mesmo crendo, isso não faz diferença na vida dele. Logo, treme porque tem consciência da terrível consequência que isso trará a sua vida. O texto de hoje mostra a fé como ingrediente que transforma nossa vida, levando-nos não somente a crer na existência de Deus, mas a aceitá-Lo como Senhor. Se O aceitamos, não precisamos tremer.