Durante minhas viagens de dez horas, do Colorado para o Arizona, a fim de visitar minha mãe idosa, eu passava por regiões montanhosas. Placas dizendo “Fique atento ao Alce” estavam por toda parte. Na verdade, eu ficava ansiosamente atenta com relação ao alce, mas nunca vi um. Amante da natureza, às vezes eu orava silenciosamente: Senhor, eu gostaria muito de ver uma dessas elegantes criaturas de regiões desabitadas. Eu poderia, alguma vez? Então me sentia culpada por pedir isso, já que Deus tem tantas orações mais importantes para atender e problemas para solucionar – em vez de simplesmente arranjar um alce para que eu o veja. Um dia, na estrada, persisti, repetindo meu desejo em uma conversa com Deus. Mais tarde, a pouca distância, um musculoso alce macho, com a plenitude de sua galhada, saltou para a elevação à margem da rodovia. Majestosamente, ali estava ele, com o lustroso pelo brilhando ao sol – como se estivesse fazendo pose para mim – antes de virar-se e desaparecer do outro lado da encosta. Meu coração se encheu de gratidão ao meu Deus todo-poderoso que Se alegra em tornar felizes os Seus filhos – mesmo nas pequenas coisas da vida.
Outra vez, enquanto visitava minha irmã na Flórida, fomos recolher conchas na ilha Sanibel. Falando com Deus, em silêncio eu disse: Senhor, eu gostaria tanto de encontrar uma daquelas raras conchas escalária (também conhecidas como conchas da escadaria, assemelhando-se a uma escada branca em espiral). Poderias, por favor, achar uma? Mais uma vez, me senti culpada por levar um pedido tão pequeno a um Deus tão ocupado. Então, rapidamente acrescentei: Seja feita a Tua vontade, e prossegui na busca por conchas. Eu já havia me esquecido do pedido daquela tímida prece quando, algum tempo depois, praticamente oculta na areia pelo entulho da praia, localizei a extremidade de uma concha branca. Com cuidado para não quebrá-la, removi o entulho ao redor e fixei os olhos na mais inesperada, mais sofisticada conchinha escalária que já tinha visto. Minha voz exclamou o louvor do meu coração: “Muito obrigada! Obrigada, meu Deus!”
Muitas vezes, é claro, não recebemos respostas imediatas às nossas orações. Deus, porém, nos conhece individual e intimamente. Ele sabe do que necessitamos e quando necessitamos. Sabe o que desejamos. Ele é bom, sábio e poderoso. A letra de um hino nos lembra de que, quando não vemos a mão de Deus em ação, podemos confiar pacientemente em Seu coração. Estamos seguras quando confiamos fielmente tanto as coisas grandes quanto as pequenas Àquele que mais nos ama – nosso Pai celestial.
Eileen Snell