Embora os chefes costumem promover funcionários que se destacam pelo tempo e pela competência nos setores mais simples da empresa, geralmente os grandes prêmios são concedidos àqueles que fecharam grandes negócios, trouxeram lucros para a companhia ou atingiram as metas de vendas estabelecidas para o período. Aos demais, muitas vezes, reserva-se um pequeno bônus ou vale-compras anexado ao cartão de Feliz Natal.
Jesus é diferente. Sua premiação é fruto da graça e não de obras meritórias. Ele pode dar grandes recompensas mesmo àqueles que fizeram pouco, desde que o façam de coração aberto, conscientes de estarem dando seu melhor. Cristo é um mestre que valoriza a boa disposição dos que O servem e honra os que O honram.
Deus também transforma gestos simples em grandes atos. Uma queixada de jumento nas mãos de Sansão tornou-se um instrumento de libertação, e um punhado de pães e peixes no cesto de um garotinho transformou-se em uma fartura que alimentou milhares. Esse é o nosso Deus!
Conta-se que um senhor aposentado saiu para caminhar na orla da praia, quando viu um menino que repetidamente se abaixava na areia e corria para o mar. O idoso estranhou o comportamento e perguntou o que ele estava fazendo.
– Estou recolhendo estrelas-do-mar – disse o menino. – A maré as traz para a areia à noite, e eu as devolvo ao mar para que não sequem com o sol e morram.
– Mas aqui existem milhares de quilômetros de praia, repletos de milhares de estrelas – retrucou o aposentado. – Que diferença faz jogar um punhado delas de volta à água? Vá brincar que você ganha mais.
– Sei que não posso salvar todas e que meu esforço não faz muita diferença – respondeu, pegando uma estrela que estava aos seus pés –, mas diga isso para esta aqui! – E a jogou novamente na água.
São gestos simples, diários e até mesmo anônimos que moverão os lábios de Cristo em sua direção, dando-lhe as boas-vindas no reino dos Céus. Essas obras não são o meio ou a causa de sua salvação, mas certamente serão o resultado dela.