Segunda-feira
24 de dezembro
Perdão
Quem esconde os seus pecados não prospera, mas quem os confessa e os abandona encontra misericórdia. Provérbios 28:13

Uma das imagens mais tristes da história da humanidade foi registrada pelas lentes da câmera de um fotógrafo em 1972. Durante a Guerra do Vietnã, uma vila chamada de Trang Bang foi atacada pelo exército norte-americano. Inicialmente, havia a informação de que o alvo era apenas militar, mas essa não era a realidade.

Quando os aviões lançaram as bombas de napalm, muitas pessoas inocentes foram atingidas. Essa bomba é formada por um grupo de líquidos inflamáveis. Quando entram em contato com alguém, queimam roupa e pele. Foi o que aconteceu com Phan Thi Kim Phúc. Ela tinha nove anos na época e foi atingida por um desses artefatos. Como sua roupa começou a pegar fogo, ela correu para a estrada enquanto tentava tirá-la. Quando o fotógrafo a encontrou ela já estava sem roupa e com a pele muito queimada. Kim Phúc passou 14 meses no hospital até conseguir se recuperar.

A dor física da garota cessou depois de algum tempo; porém, um homem chamado John Plummer sofria todas as vezes que via a foto da menina. Ele foi um dos responsáveis pelo ataque. Seu grande sonho era pedir perdão a ela. Vinte anos depois, essa oportunidade apareceu. Convertida ao cristianismo, a menina sonhava em oferecer perdão a ele.

Em uma palestra que ela deu em Washington, em 1982, eles finalmente se encontraram. Plummer confessou seu pecado e foi perdoado. Fechava-se um ciclo de 20 anos de dor.

Dar e receber perdão é uma das sensações mais gostosas da vida. Isso é verdade em nossos relacionamentos e, em especial, com Deus. O rei Davi comentou como se sentia ao encobrir um grande pecado: “Enquanto eu mantinha escondidos os meus pecados, o meu corpo definhava de tanto gemer” (Salmo 32:3). A sensação de estar morrendo aos poucos é comum a todos que não confessam seus pecados. No entanto, as coisas mudaram para Davi: “Então reconheci diante de Ti o meu pecado e não encobri as minhas culpas” (Salmo 32:5). Depois do perdão divino, ele pôde dizer por experiência própria: “Como é feliz aquele que tem suas transgressões perdoadas e seus pecados apagados” (Salmo 32:1).

Independentemente do tamanho de seu erro, procure não apenas o perdão de Deus mas também o de quem você ofendeu. A graça de Cristo é suficiente para nos perdoar e nos dar uma nova chance.