Tempos depois de Daniel revelar ao rei de Babilônia que o seu reino passaria a outro inferior (Dn 2:39), Nabucodonosor ordenou que fosse erigida uma estátua de 27 metros de altura, toda de ouro, em homenagem à sua própria majestade. Em seguida, convocou líderes de todas as províncias para assistirem à dedicação da imagem na planície de Dura (Dn 3:1, 2).
Assim que a comitiva chegou, Nabucodonosor ordenou que todos se ajoelhassem diante da estátua, enquanto a orquestra babilônica tocava. Essa era uma prova de sujeição ao rei e, ao mesmo tempo, o reconhecimento de que os deuses de Babilônia eram superiores aos demais deuses. Entre os convidados estavam Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, amigos de Daniel. Este, por sua vez, talvez estivesse em alguma viagem a trabalho, longe da reunião ecumênica.
Assim que a música tocou, todos se ajoelharam, menos Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, que permaneceram em pé, mesmo diante da ameaça de morte. Para eles, era mais importante obedecer a Deus do que aos homens. Sem hesitar, disseram: “Se formos atirados na fornalha em chamas, o Deus a quem prestamos culto pode livrar-nos, e Ele nos livrará das tuas mãos, ó rei. Mas, se Ele não nos livrar, saiba, ó rei, que não prestaremos culto aos teus deuses nem adoraremos a imagem de ouro que mandaste erguer” (v. 17, 18).
Imediatamente Nabucodonosor ordenou que os jovens fossem lançados na fornalha aquecida sete vezes mais. Aquele seria um espetáculo adicional para o dia da sua celebração. Porém, o que ninguém esperava era que o próprio Deus desceria do Céu e passearia no fogo juntamente com os jovens hebreus (v. 25).
Todos ficaram extasiados. Ninguém se lembrou mais da estátua de ouro. Ali estava Alguém mais poderoso que o fogo, capaz de transformar a fornalha em uma espécie de sauna fria. A Bíblia afirma que nenhum fio de cabelo foi chamuscado nem cheiro de fogo havia neles (v. 27). Deus foi glorificado naquele dia por causa da fidelidade daqueles três jovens.
Realmente vale a pena ser fiel, mesmo quando o mundo se coloca contra nós. Vale a pena obedecer à lei de Deus, ainda que a cultura determine exatamente o contrário.