Segunda-feira
20 de abril
Perseguidos, mas felizes
Bem-aventurados sois quando, por Minha causa, vos injuriarem, e vos perseguirem, e, mentindo, disserem todo mal contra vós. Mateus 5:10

A Seus discípulos, Jesus não deu nenhuma esperança de glória, riquezas terrestres, vida livre de tentações, perseguição ou rejeição. Ao contrário, mostrou-lhes o privilégio de trilhar com Ele o caminho da abnegação, renúncia própria, e suportar as calúnias do mundo.

Não podemos esperar ser populares como recompensa por uma vida de retidão e justiça, porque as trevas rejeitam a luz. Talvez, por algum tempo, possamos até exercer alguma influência; mas, normalmente, pessoas de mentalidade materialista e mundana erguem alguma forma de barreira entre elas e as de mentalidade espiritual. Os ventos da perseguição sempre sopram na turbulência que o cristianismo provoca com suas virtudes.

A entrada do pecado no mundo trouxe inimizade entre o reino do Céu e os reinos do mundo, entre os que servem a Deus e os que não O servem. A igreja apostólica, como se sabe, foi perseguida implacavelmente pelo Império Romano. Em nossos dias, países nos quais imperam o radicalismo político e o extremismo religioso têm seguido o exemplo. De acordo com o Centro Para Estudos do Cristianismo Global, em 2016 um cristão foi morto a cada seis minutos, em um processo que não será detido até a vinda de Cristo e o estabelecimento de Seu reino de glória.

Formas corriqueiras de perseguição são pequenas em comparação aos leões nas arenas públicas e às fogueiras nas praças de Roma, bem como aos métodos e recursos utilizados pelos extremistas de nossos dias. Entretanto, gestos de desprezo, preconceito, barreiras ao exercício profissional e ao crescimento educacional devem ser enfrentados com tanta firmeza e lealdade a Cristo quanto as formas antigas de perseguição foram confrontadas pelos cristãos ao longo do tempo.

“A justiça verdadeira e a pessoa de Cristo são duas causas pelas quais os cidadãos do Reino dos Céus estão sempre dispostos a sofrer. A perseguição não os assusta porque os perseguidores podem lhes tirar a vida presente, mas a vida eterna, jamais. A calúnia não os espanta, porque os caluniadores podem manchar seu nome; mas o caráter, jamais. Seres malvados podem falsear e desfigurar o prestígio de um cidadão do reino, mas a sua pessoa está sob o amparo de Deus; e, com esse amparo, lhes está assegurada alegria aqui na Terra e uma grande recompensa no Reino dos Céus” (Mario Veloso, Mateus, p. 80).