Segundo Ellen G. White, “Cristo ilustra, pela parábola do semeador, as coisas do reino dos Céus e a obra do grande Lavrador para Seu povo. Como um semeador no campo, assim Ele também veio para espalhar a semente celestial da verdade” (Parábolas de Jesus, p. 12 [34]).

Na parábola, o resultado das sementes representa as diferentes reações dos que ouvem a verdade. Alguns a ouvem, mas sucumbem na fé pela ação direta de Satanás. Outros a recebem com alegria, mas a abandonam quando são provados. Outros a ouvem, mas a deixam devido às preocupações mundanas. Um último grupo a ouve, preserva-a em seu coração e frutifica para Deus.

Na versão da parábola registrada no evangelho de Lucas, encontramos a razão do sucesso da semente que caiu no coração fértil daqueles que produziram frutos: eles “ouvem a palavra e a retêm” e “produzem uma colheita com perseverança” (Lc 8:15).

Acredito que, apesar de a parábola descrever três situações que impedem a verdade de frutificar no coração, o foco dela está na atitude dos que a ouvem e dão frutos. Não devemos pensar que a maior parte das sementes é desperdiçada, pois o resultado das que caem em boa terra é grande; elas produzem uma colheita “de trinta, sessenta e cem por um!” (Mc 4:20).

A Parábola do Semeador mostra a realidade com a qual nos depararemos ao anunciar o evangelho. Muitos o aceitarão e, pelos motivos indicados por Jesus na parábola, infelizmente o abandonarão. Por outro lado, os que guardarem a verdade no coração produzirão bastante fruto. Deus é especialista em fazer muito por meio de poucos.

Precisamos conservar essa realidade em mente para não ficarmos desanimados quando o resultado de nossos esforços for menor do que aquilo que esperávamos. Somos convidados por Cristo para produzir uma colheita com perseverança.