Sexta-feira
13 de julho
Pescadores e peixes
Quem muito fala trai a confidência, mas quem merece confiança guarda o segredo. Provérbios 11:13

“Amor, já coloquei comida para os peixes”, eu disse à minha esposa todo empolgado. Ela, então, perguntou: “Qual a quantidade que você colocou?” “Não sei, apenas virei o potinho. Acho que caíram umas 20 bolinhas”, respondi inocentemente. Então ela disse: “Você quer matar os peixes? São apenas cinco bolinhas por refeição.” Rapidamente, tentei tirar o excesso, mas não consegui. Os peixes sobreviveram, mas nesse dia o sentido do ditado: “Peixe morre pela boca” assumiu um novo significado para mim.

Em nossa sociedade, existe muito “peixe” não apenas morrendo pela boca, mas também matando com a boca; para ser mais específico, com algo que fica dentro dela: a língua. Reputações são destruídas, mentiras são inventadas e propagadas, críticas exageradas são feitas, palavras fora de tempo são pronunciadas.

Especificamente sobre isso, Ellen White disse: “O professor pode fazer muito para desestimular o mau hábito que é a maldição da coletividade, da vizinhança e do lar, ou seja, o hábito de falar mal dos outros por detrás, tagarelar e criticar impiedosamente. Para esse fim não se deve poupar esforços. Que os estudantes sejam impressionados com o fato de que tal hábito revela falta de cultura, de educação e da verdadeira bondade de coração; inabilita a pessoa tanto para o contato com os que verdadeiramente são cultos e educados neste mundo quanto para a relação com os seres santos do Céu” (Educação, p. 235).

Aprofundando o assunto, ela continua: “Pensamos com horror nos canibais que se banqueteiam com a carne ainda quente e trêmula de sua vítima; mas será que os resultados dessa prática são mais terríveis do que a agonia e ruína causadas pela difamação, pela mancha da reputação, pela dissecação do caráter?” (ibid.).

Usar a língua para difamar, mentir e destruir pessoas é algo que ofende o coração de Deus. Isso faz com que Ele Se lembre do que Satanás fez no Céu quando tentou destruir a reputação divina diante dos anjos. Infelizmente, um terço deles acabou acreditando.

Da boca dos filhos de Deus nunca sairão palavras para destruir outras pessoas porque temos Jesus como modelo de conduta. Durante Sua jornada na Terra, Cristo apenas pronunciou palavras de edificação.

Não somos “peixes” que morrem pela boca, mas pescadores de homens. Em vez de difamarmos pessoas, que nossas palavras sejam a “isca” com as quais muitos sejam “pescados” para o reino de Deus.