Quarta-feira
01 de novembro
Pipoca – Parte 1
Deixem que os pequeninos venham a Mim; não os impeçam, porque dos tais é o Reino de Deus. Em verdade lhes digo: Quem não receber o Reino de Deus como uma criança de maneira nenhuma entrará nele. Marcos 10:14, 15

Conforme nos aproximamos da época de final de ano, estou ciente de que para alguns é uma época de alegria, enquanto, para outros, pode ser um período cheio de pensamentos do tipo: “O que poderia ter sido.” Deixe-me compartilhar alguns pensamentos com você e também lhe contar como o Deus de amor me ajuda a prosseguir em meio às dificuldades.

Como esposa e também como mãe de um bebê de um ano, a Lynnel, eu sofri – assim, do nada – um acidente vascular cerebral quando estava grávida do nosso segundo filho, um menino. Apesar de eu ter aprendido a andar novamente, perdi o reconhecimento das letras e a visão no meu quadrante superior direito. Essas deficiências afetaram a possibilidade de eu ser contratada para um trabalho. Quando Lynnel cresceu um pouco mais, ela se tornou fascinada por pipoca. E, se pensarmos bem, por que não ficaria, não é mesmo? Um grão de pipoca tem tanto potencial! Quando Lynnel estava com quatro anos, minha tia faleceu.

– Não temos que ficar muito tristes – Lynnel comentou. – Porque um dia ela vai saltar da sepultura como um grão de pipoca faz quando nos esquecemos de tampar a panela.

Que bênção aquelas palavras infantis seriam para mim depois. Para a idade dela, Lynnel tinha um conhecimento profundo sobre Deus. Quando ficava animada, ela se levantava e se balançava como um cachorrinho feliz.

– Eu amo Jesus mais do que tudo no mundo! – ela exclamava.

Quando Lynnel tinha cinco anos e meio, meu pai levou meu filho, ela e eu em sua picape para transportar uma linda mobília que herdamos da tia Fifi. Meu marido e eu estávamos entusiasmados por acrescentar aquele tesouro aos nossos bens domésticos. Pouco antes do alvorecer, meu pai se sentiu cansado por estar dirigindo a noite toda e me pediu para dirigir. Eu dirigi – por cerca de uma hora. Depois de dormir ao volante, cruzei a pista e bati na proteção do outro lado. O caminhão rolou como um barril e caiu no riacho seco de Sour Grass.

Cinquenta anos depois, eu ainda pergunto a Deus: Por quê? Mas estou aprendendo a deixar as razões – quaisquer que sejam – com Ele. Sua graça me ensina a superar e olhar para um futuro cheio de esperança… pois agora, assim como a Lynnel, eu também “amo a Jesus mais do que tudo no mundo”.

{ Bernie Martin Beck }