As primeiras experiências relacionadas à oração sempre causam marcas profundas em nossa mente, especialmente quando ocorrem na infância.

Lembro-me de uma ocasião em que minha família voltava de um passeio em um domingo à noite. Todos estávamos muito cansados, e nós, crianças, havíamos adormecido.

Como de costume, meu pai dirigiu-se à porta lateral de nossa casa e tentou abri-la com a chave. Porém, após muitas tentativas, não obteve sucesso. Chegou a usar as ferramentas que tinha no carro, mas nada surtiu efeito. Foi então que minha mãe pediu a chave. A princípio ele resistiu, bastante contrariado, afirmando que já havia esgotado todos os recursos; entretanto, como não tinha outra alternativa, concordou.

Minha mãe não costumava ser tão enfática como naquele dia. Tomou a chave e se dirigiu à porta. Imediatamente, e sem dificuldade, a porta se abriu, para enorme surpresa de meu pai. Nós, crianças, sonolentas, não compreendemos muito bem o que tinha acontecido.

Posteriormente, após o descanso da noite, novas tentativas foram feitas para abrir a porta, mas ela não se abriu mais, e a fechadura teve que ser substituída.

Depois disso, ouvi repetidas vezes essa história, entendendo melhor o que havia acontecido naquela noite. Soube então que, motivada pela certeza de que seria ouvida, minha mãe pediu a Deus que abrisse a porta de nossa casa e nos permitisse entrar. E Ele atendeu à sua oração.

No decorrer dos anos tenho me deparado com muitas outras portas fechadas. Às vezes parece que nada as abrirá. Quando isso acontece, eu me lembro da lição aprendida na infância: “A oração é a chave nas mãos da fé para abrir os depósitos do Céu, onde estão armazenados os ilimitados recursos da Onipotência” (Ellen White, Caminho a Cristo, p. 95).

Motivada por essa experiência, aprendi a confiar no poder da oração! Sei que existe Alguém atento a meu clamor, por mais débil e frágil que ele seja. Quando tudo parece falhar, sei que Ele não falha, ainda que o caminho pareça pedregoso e difícil.

Experimente entregar ao Pai seus fardos, por mais pesados que eles sejam. Deus os tornará leves. Ore, espere e confie.

Maria Cecília Ortolan dos Anjos