Em 1974, morei na Costa Leste, numa pequena casa perto do mar enquanto eu me recuperava da separação do meu primeiro marido. Uma amiga da faculdade, que era cristã e, na época, aeromoça, foi me visitar enquanto estava passando por Boston a trabalho. Ela percebeu que eu não estava feliz e que minha vida estava fragmentada, então ela me perguntou se eu tinha Deus na minha vida. Eu disse que sim. Quando eu era criança e adolescente, frequentava a igreja com a minha família, e sempre me vi como alguém que acredita em Deus. Sentia uma forte sensação de que havia um Ser Supremo que mantinha a ordem de tudo na minha vida, e sentia que eu tinha um relacionamento próximo com Ele. Mas isso não era o suficiente para a Pat. Então ela me perguntou se eu havia aceitado Cristo como meu Salvador pessoal.
— Bem, acredito que sim — eu disse.
— Se você tivesse aceitado, saberia ao certo, e é isso que você precisa fazer se quiser que sua vida mude — ela me informou.
Eu estava certa de que queria que a minha vida mudasse, mas eu acreditava que ela já estava mudando para melhor. Refleti por um instante sobre o que a Pat havia me dito, depois continuei meu caminho como antes, por um tempo. Cerca de três anos mais tarde, quando as coisas começaram a piorar, eu estava pronta para uma mudança drástica. Eu me ajoelhei e, depois de confessar meus pecados e implorar por perdão, pedi a Cristo que habitasse no meu coração.
Quando as lágrimas fluíram, tive a certeza de que meu coração estava finalmente envolvido. Um pouco antes disso, eu havia encontrado uma outra pessoa que havia me apresentado ao conceito de “dentro do coração” e, ao refletir sobre tudo isso, finalmente entendi a mensagem. Você precisa fazer alguma coisa para aceitar Deus na sua vida, precisa convidá-Lo, antes que as coisas realmente comecem a mudar. Você não pode simplesmente acreditar, e não pode simplesmente pensar e falar sobre Ele. Você precisa confessar seus pecados, acreditar que foi perdoada, e convidá-Lo a Se unir a você. Ele não vai forçar a entrada, pois Ele é extremamente educado, mas Ele vai permanecer com você e, a menos que você O rejeite completamente, Ele vai esperar pacientemente para que você O convide a entrar.
Mary McIntosh