Pompeia e Herculano foram duas cidades romanas arrasadas pelo vulcão Vesúvio em 24 de agosto de 79 d.C. Roma decretou estado de calamidade, e ninguém pôde escavar o local. Assim, as cidades foram apagadas da memória. As encostas do Vesúvio tornaram-se verdes e foram novamente cultivadas, como se Herculano e Pompeia nunca tivessem existido.
Até que, em 1709, ao cavar um poço para os monges, um operário encontrou uma fileira de cadeiras do Teatro de Herculano. A Áustria, que naquela época dominava a Itália, ordenou que túneis fossem abertos não para fins arqueológicos, mas para explorar o mármore encontrado ali.
Somente em 1860, os trabalhos assumiram um caráter arqueológico, revelando muitos edifícios em perfeito estado de conservação. Entre eles, casas particulares, algumas típicas da classe média provinciana do Império Romano, despertaram interesse entre os pesquisadores.
Durante as escavações, os arqueólogos notaram que, em algumas áreas, a lava endurecida era oca. Alguém teve então a ideia de colocar gesso dentro para fazer um molde e verificar o que encontrariam. O resultado foi a descoberta de centenas de pessoas, animais e até famílias inteiras solidificadas na posição em que se encontravam antes de morrer. Alguns estavam escondidos nos cantos das casas, como um menino agachado com a mão no rosto. Outros estavam dormindo, agonizando ou gritando de terror, criando um molde que distingue claramente o rosto da vítima.
Uma vez que os prédios não foram demolidos, os corpos não foram esmagados. A população deve ter fugido como pôde. Não houve tempo para salvar nem mesmo os objetos mais preciosos, embora algumas pessoas tenham sido encontradas em meio aos seus pertences.
Jesus usou a sociedade pré-diluviana e as cidades de Sodoma e Gomorra para ilustrar a advertência quanto ao juízo vindouro. Pompeia e Herculano poderiam estar na mesma categoria. A história passada nos oferece muitas lições para a caminhada presente. Quando menos se esperar, virá a destruição ou a redenção final. Tudo depende de como estaremos diante de Deus.