Um dos sentimentos mais tristes é a dor da separação. De fato, não fomos feitos para viver longe das pessoas que amamos. No âmbito espiritual, o pecado tornou-se uma fenda que separa o ser humano de Deus (Is 59:2). Para superar esse obstáculo, foi idealizado o plano da salvação. O Senhor tomou a iniciativa. Por meio da morte de Cristo, a humanidade pode transpor a barreira e encontrar-se com Deus novamente.

No Éden, pouco depois que o primeiro casal caiu em pecado, o Senhor foi ao encontro de Adão, perguntando: “Onde está você?” (Gn 3:9). Assim tem sido desde a queda: a narrativa bíblica apresenta Deus, por amor, indo à procura do ser humano, a fim de estar próximo dele.

No Antigo Testamento, uma das iniciativas mais evidentes disso é a construção do santuário. Por meio do tabernáculo, Deus estabeleceu Sua presença visível entre Seu povo. Em seus rituais, o santuário ilustrava o plano da redenção e a centralidade de Cristo, o Cordeiro de Deus, o Sumo Sacerdote, a Água da vida, o Pão que desceu do Céu e a Luz do mundo. Assim, o pecador contrito tinha uma experiência multissensorial com Deus ao Lhe prestar culto em Seu tabernáculo. Aquele era o ponto de encontro entre o Senhor e Seus filhos.

A vinda, morte, ressurreição e ascensão de Jesus inauguraram outra fase do relacionamento entre Deus e Seu povo. A sombra se encontrou com a realidade. Agora não dependemos do templo localizado em Jerusalém. Os verdadeiros adoradores adoram “em espírito e em verdade” (Jo 4:23), quando “se reunirem dois ou três” em nome do Senhor (Mt 18:20).

Assim, quando nos reunimos como igreja, temos a oportunidade de celebrar a vitória de Cristo sobre o pecado, que causou separação entre a humanidade e Deus, até que todos estejamos juntos em Seu reino eterno, para nunca mais nos separarmos. Portanto, valorize essa experiência. Siga o conselho de Paulo: “Não deixemos de reunir-nos como igreja, segundo o costume de alguns, mas procuremos encorajar-nos uns aos outros, ainda mais quando vocês veem que se aproxima o Dia” (Hb 10:25).