Quarta-feira
11 de janeiro
Ponto de referência
No caminho viram a estrela, a mesma que tinham visto no Oriente. Ela foi adiante deles e parou acima do lugar onde o menino estava. Mateus 2:9

Com um grupo de amigos, eu visitava pela primeira vez a cidade de Washington, DC. Paramos o carro em um estacionamento, próximo a uma esquina na qual havia uma lanchonete bem conhecida. Naquele momento, imaginamos que não haveria ponto de referência melhor. Saímos para o passeio e, depois de cruzarmos as dezenas de avenidas que nos separavam dos pontos turísticos, a ficha caiu: em praticamente todas as esquinas havia uma lanchonete da mesma rede.

O carro havia ficado muito longe, e a visitação demorou mais do que esperávamos. Para evitar problemas, resolvemos andar bem rápido e voltar na hora certa. Segui bem próximo a um amigo; mas, sem perceber, nos distanciamos do restante do grupo e nos perdemos.

Meu amigo pediu informação e mencionou nosso “inconfundível” ponto de referência. A pessoa riu e disse que havia dezenas por ali e que a mais próxima estava a quilômetros de distância. Meu amigo começou a correr, e eu, muito cansado pela longa caminhada, não consegui acompanhá-lo. Ele sumiu entre uma esquina e outra. Tentei pedir informação, mas as respostas só pioravam a situação.

Depois de estar perdido por 25 minutos, vi um táxi e resolvi pará-lo. O motorista, um imigrante que falava uma mistura de inglês com etíope (imagino), perguntou o destino. Eu mencionei, com meu “portunglês” (mais português), a conhecida lanchonete. Ele fez uma expressão de desespero, e, em nosso diálogo numa língua que não existe, disse que havia muitos estabelecimentos daquele nas redondezas. Confiante, eu o orientei: siga para a next (próxima). Não sei como, mas ele entendeu e dirigiu para onde eu havia indicado. Deu certo. Meus amigos estavam lá havia uns 30 minutos. Cheguei “triunfante”, contando vantagem por ter tido a experiência adicional de pegar um táxi em Washington. Porém, confesso que preferiria ter um ponto de referência melhor e não ter passado por aquela angústia toda.

Na história do reis magos, o ponto de referência era móvel e sem comparação. Não se tratava de uma estrela a mais entre as trilhões que existem. Eram vários anjos que, juntos, produziam um foco extraordinário de luz no céu. Os magos seguiram aquela “estrela” e não se perderam. A Palavra de Deus é a nossa estrela-guia. Estude-a, pois ela é o inconfundível ponto de referência para todos aqueles que querem encontrar Jesus.