Domingo
04 de fevereiro
Por quê ?
Em tudo somos atribulados, porém não angustiados; perplexos, porém não desanimados; perseguidos, porém não desamparados; abatidos, porém não destruídos. [...] Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória, acima de toda comparação. 2 Coríntios 4:8, 9, 17, ARA

Alguns dias depois que o Tufão Haiyan devastou muitas ilhas nas Filipinas, assisti a um programa em uma das igrejas filipinas em Toronto. “Deus Restaura” era o tema do programa, ao qual estiveram presentes várias autoridades governamentais e líderes da igreja. O propósito da reunião era dar apoio e esperança às muitas famílias afetadas e encontrar meios de suprir as necessidades humanas causadas pela devastação.

A pergunta em todos os lábios era: Por quê? Por que tantas crianças foram deixadas sem os pais? Por que tantos pais ficaram sem os filhos? Por que tantos foram deixados sem abrigo ou alimento? Onde estava o Bom Pastor quando ocorreu o desastre?

Há ocasiões em que os crentes fazem essas perguntas. Isso acontece desde a queda da humanidade. Adão e Eva devem ter se posto ao lado do corpo inanimado de seu filho Abel, perguntando: Por quê?

As lágrimas fluíram naquele culto à medida que as pessoas relatavam histórias de perda. Mas lágrimas de esperança também fluíram, à medida que passagens bíblicas eram lidas para trazer consolo aos corações feridos.

“Bendito o homem que confia no Senhor e cuja esperança é o Senhor. Porque ele é como a árvore plantada junto às águas, que estende as suas raízes para o ribeiro e não receia quando vem o calor, mas a sua folha fica verde; e, no ano de sequidão, não se perturba, nem deixa de dar fruto” (Jeremias 17:7, 8, ARA).

A leitura do Salmo 23 nos trouxe promessas adicionais de esperança, proteção e restauração: “O Senhor é o meu pastor; nada me faltará” (verso 1). Verdadeiramente, o Bom Pastor cuida de Suas ovelhas. Crescimento e reconstrução ocorreriam novamente nas Filipinas.

Talvez não tenhamos nunca as respostas para todas as nossas perguntas deste lado da eternidade. Contudo, em tempos de perda, Deus enviará Seu Santo Espírito em resposta às nossas orações de dor e confusão. Ele nos dará a mesma fé que Jó, a despeito de nossas perdas. Assim como aconteceu com Jó, também seremos capazes de dizer, em meio à nossa devastação: “Ainda assim, esperarei Nele” (Jó 13:15).

Sonia Kennedy-Brown