Meus níveis de “indignação justa” aumentaram cada vez mais. Depois de tudo o que tinha feito por aquela pessoa, o sacrifício de meu precioso tempo, as horas e o dinheiro gastos, os esforços feitos para ajudá-la – depois de tudo isso, ela me tratou tão mal e em público! Foi chocante! Inaceitável! Uma atitude condenável! Expressei muito claramente a essa pessoa minha decepção com seu comportamento e como me sentia em relação à sua grosseira ingratidão. Minha resposta tinha fundamentos, é claro. É claro!

Como sou grata pelo fato de que meu fiel amigo Espírito Santo não me deixou muito tempo mergulhada em meu estado de injusta indignação! Perguntas imediatamente vieram à minha mente: O que você leu esta manhã? Qual passagem da Bíblia você tem memorizado nas últimas semanas?

Rapidamente repassei essa passagem em minha mente: “O SENHOR é compassivo e misericordioso, mui paciente e cheio de amor. […] Não nos trata conforme os nossos pecados nem nos retribui conforme as nossas iniquidades. Pois como os céus se elevam acima da terra, assim é grande o Seu amor para com os que O temem” (Salmo 103:8, 10, 11, NVI).

Esse belo retrato de Deus mexe muito comigo, especialmente quando considero quão tristemente estou longe desse ideal. Peço-Lhe que, de alguma forma, me capacite a estender Sua graça aos mais necessitados desse dom precioso.

Aquele dia de “indignação justa” foi minha oportunidade de estender graça à pessoa acima mencionada. Assim que a vi, pela graça do Senhor, pedi desculpas pela maneira como eu havia falado. A resposta dela mexeu comigo mais uma vez. Ela expressou gratidão e alívio de uma forma que eu não esperava.

Mais uma vez, fiquei agradecida pela graça de Deus, que é sempre maravilhosa! Eu continuo orando para ter mais dela em minha vida.

Querido Deus Pai, por favor, não pare de trabalhar comigo. Que eu possa ter abundância da misericórdia imerecida que Tu me estendes diariamente, e possa oferecê-la a todos que encontro. Amém.

{ Belinda Salomon }