O anoplogaster cornuta é um peixe que mora a cinco mil metros de profundidade. Por isso é chamado de peixe abissal. Cerca de 3% da superfície do solo submarino é formado pelas fossas abissais. No Oceano Pacífico está a maior parte delas, das quais sete ultrapassam os nove mil metros. A pressão que a água faz sobre o corpo do anoplogaster é 500 vezes maior que a pressão feita pelo ar sobre os animais que vivem na superfície da Terra.

Se outra criatura fosse submetida a essa profundidade, o aperto produzido pela água esmagaria as proteínas de seu corpo e alteraria as funções orgânicas.

As células do anoplogaster têm uma substância chamada óxido de trimetilamina, que funciona como uma parede que amortece o aperto provocado pelo peso da água. Assim, ele consegue se locomover com naturalidade.

Para descer a essa profundidade, o ser humano precisaria estar superprotegido por uma bolha de aço e muitos equipamentos. Mas nenhum tipo de pressão pode ser comparada à que Jesus suportou no Getsêmani. Ele foi ao jardim para orar e Se preparar para a cruz. Lúcifer também foi, mas para fazer pressão. Dizia a Jesus: Você irá ficar separado de Deus para sempre; não vale a pena morrer por esse povo; um de Seus discípulos trairá Você e todos vão abandoná-Lo.

Jesus sentiu em Seu corpo o peso dos pecados do mundo todo, chegando ao ponto de pedir ao Pai que O livrasse da cruz. A angústia mental foi tão forte que Ele suou sangue. Mas Jesus orou e venceu. Ao ser preso, estava fortalecido pela presença de Deus.

As pressões podem vir e ser muito fortes. Mas Deus tem um equipamento especial para os que confiam Nele: é a oração. Foi assim que Jesus venceu. Ore sempre. Não vá dormir sem orar e nunca inicie seu dia sem falar com Deus. Ao orar não se preocupe em escolher palavras. Se você está cansado demais para orar, diga isso a Deus. Se está com raiva, tentado, não consegue aprender matemática ou está apaixonado, fale sobre isso a Ele. O Senhor o ouvirá e o ajudará. Sem pressão.

“Não há um só capítulo da nossa existência que seja escuro demais para que Ele não possa ler nem dificuldade alguma tão complicada que não possa resolver” (Ellen G. White, Caminho a Cristo, p. 99, 100).