Sabe aquele momento em que falamos tudo que pensamos ou sentimos? Chamamos isso de “desabafo”. Nessa hora, algumas pessoas chegam a ser sinceras demais. Outras se tornam explosivas. Em todos os casos, quem “abre o jogo” geralmente se sente mais aliviado depois de desafogar o coração. Conhece alguém assim, que fala tudo o que pensa? 

Os psicólogos dizem que verbalizar é um ingrediente indispensável para uma vida emocional sadia. Quando represamos preocupações ou segredos, ativamos em nosso cérebro a área responsável pela antecipação de problemas, e nossa mente passa a funcionar em “alta velocidade”, o que resulta em forte tensão emocional. É muito ruim viver assim, não é? Por isso, precisamos desabafar. 

Por outro lado, não podemos sair por aí dizendo tudo que vem à nossa cabeça, sem medir as consequências. É necessário filtrar o que pode ou não ser dito. Há questões pessoais que não devemos falar para qualquer um ou em qualquer momento. Assuntos que envolvem particularidades de outras pessoas também não devem ser compartilhados sem a autorização delas. Desabafo não é fofoca! 

Se você é dessas pessoas que “falam pelos cotovelos”, aceite este conselho: se tiver que se abrir com alguém, que seja com uma pessoa próxima, de confiança e emocionalmente madura para ouvir. Um profissional terapeuta pode ser o mais indicado nessa questão. 

Quando o assunto diz respeito a outra pessoa, certifique-se de que não irá expor defeitos ou até mesmo a vida pessoal dela. Se quiser falar sobre o erro de alguém, que seja com a própria pessoa que errou, a fim de preservá-la. Jesus disse: “Se o seu irmão pecar contra você, vá e, a sós com ele, mostre-lhe o erro. Se ele o ouvir, você ganhou seu irmão” (Mt 18:15). 

Há momentos e lugares inapropriados para um desabafo. Usar, por exemplo, o local e o horário de trabalho para desabafar é algo inconveniente. Querer se abrir com uma pessoa que está muito ocupada também não vai funcionar. Portanto, filtre o que você realmente precisa colocar para fora. E se quiser mesmo praticar o “pronto, falei!”, que seja primeiramente com Deus.