Como morei no Caribe durante toda a minha vida, já me deparei com furacões grandes e pequenos. No entanto, em setembro de 2017 foram registrados dois grandes furacões, apelidados de Irma e Maria, ambos de categoria 5, que ocorreram com duas semanas de diferença.

Meu marido e eu fizemos a preparação necessária para furacões antes de o furacão Irma atingir St. Thomas, nas Ilhas Virgens, no dia 6 de setembro. Oramos e confiamos em Deus para proteger a nós e à nossa propriedade. No entanto, à medida que os ventos uivavam e objetos voadores se chocavam contra os carros e também contra os telhados do nosso prédio de dezesseis apartamentos, fiquei preocupada e um pouco ansiosa. Será que o telhado permaneceria no prédio? Todos os veículos seriam destruídos?

À medida que a tempestade avançava, continuei a orar: “Senhor, por favor, proteja-nos. Mantenha nossos telhados intactos e guarda nossos carros.” Mas tinha muita coisa acontecendo do lado de fora das quais não estávamos cientes. De repente, ouvi um estrondo em nosso telhado e vi um buraco aparecer no teto da sala de jantar. Em seguida, outro buraco maior foi criado na sala de estar. Logo depois, a parte superior e as laterais da sala das bombas explodiram e algo atingiu e quebrou a janela da cozinha.

Quando a tempestade terminou, foi feita uma avaliação dos danos na nossa vizinhança. Nenhum telhado havia sido arrancado, mas muitos foram danificados por detritos voadores. Muitos veículos haviam sofrido grandes danos. A devastação na comunidade em geral foi de partir o coração – casas, igrejas, escolas, o hospital, outros edifícios, estradas, vegetação, linhas e postes de serviços públicos foram severamente afetados. O processo de recuperação trouxe inúmeros desafios. Foi um momento de exercer profunda fé e confi ança em Deus. Tivemos que viver sem
eletricidade, sem telefone, sem cabo e serviço de internet, o que me fez valorizar ainda mais essas comodidades. Foram necessários muitos meses para que alguns desses serviços fossem restabelecidos.

Há várias lições de vida que podem ser extraídas de um grande furacão. Primeiro, Deus é o Grande Protetor. Segundo, a vida é preciosa – as coisas podem ser substituídas, mas a vida não. Terceiro, preciso do apoio de outras pessoas em momentos difíceis. Por fi m, a confiança em Deus ajuda a aliviar o fardo de lidar com as consequências de qualquer grande furacão da vida.

Janice Fleming-Williams