Você seria capaz de eleger a maior demonstração de fé registrada na Bíblia? Qual destes seria o maior milagre: A abertura do Mar Vermelho, a ressurreição do filho da viúva ou o livramento da fornalha ardente? É difícil escolher apenas um.
A disputa se torna ainda mais desafiadora ao colocarmos as realizações de Cristo no ranking. Afinal, que obra poderia superar os milagres do Filho de Deus? Considerando que Jesus realizou muitos feitos extraordinários, qual deles seria Seu maior ato de fé: a cura do paralítico, a multiplicação de pães e peixes ou os exorcismos?
Se a santificação implica “ser como Cristo”, então esse ato de fé, seja qual for, também será esperado na vida dos crentes. Mas qual seria ele? De forma paradoxal, a maior demonstração de fé por parte de Cristo ocorreu em dois momentos nos quais Ele não realizou nenhum milagre. Um foi durante a tentação no deserto e o outro nas horas finais, desde o Getsêmani até o Calvário. Em ambas as situações, o diabo tinha todos os argumentos para fazer com que Jesus Se sentisse traído e abandonado por Deus.
Porém, a confiança de Jesus era tão sólida que Ele permaneceu confiando mesmo quando as circunstâncias eram desfavoráveis. Ele manteve Sua fé em Deus mesmo quando nenhum evento sobrenatural surgiu para aliviar Seu sofrimento. Ao afirmar “nem só de pão viverá o homem”, era como se dissesse: “Apesar da Minha dor e da ausência de respostas, Eu sei que o Pai não Me trairá no final.” Foi essa mesma certeza que O levou a exclamar na cruz: “Pai, nas Tuas mãos entrego o Meu espírito” (Lc 23:46).
E você? Está enfrentando um momento em que tudo parece indicar que Deus “o entregou para as hienas”? Acredite no que lhe digo: o Pai não o abandonou. Sua vitória está decretada pelo sangue do Cordeiro. Tome para si as palavras de Jó: “Ainda que Ele me mate, Nele esperarei” (Jó 13:15, ARC). Crer, mesmo quando o Pai não aparece para salvá-lo, ainda é o maior de todos os milagres.