Os fariseus eram um dos grupos mais benquistos do judaísmo no 1o século. Eles eram religiosos ordeiros, pragmáticos e bons cidadãos. Moralistas destacados, cumpriam a Lei à risca, sem pestanejar. Os publicanos, cobradores de impostos, eram vistos como vilões. Muitos deles extorquiam impostos abusivos. Na Judeia, eram considerados traidores.
Em uma de Suas parábolas, Jesus retrata um fariseu e um publicano orando no templo. A oração do fariseu mostra como ele era bom. Ele passou a oração inteira se exaltando diante de Deus. Basicamente, ele dizia: “Senhor, parabéns para mim! Graças Te dou porque eu sou o máximo!” Esse era um fariseu “raiz”. A lei exigia o jejum uma vez ao ano, mas ele jejuava duas vezes por semana. Ele devolvia o dízimo de tudo o que ganhava, inclusive dos presentes que recebia. Era, sem dúvida, um fariseu de primeira qualidade!
Já o publicano contava para Deus os insultos que recebia da população. Cabisbaixo, dizia: “Senhor, sou um pecador, um desastre!” O publicano não foi ao templo para lembrar a Deus dos seus méritos, foi para encontrá-Lo.
Nossas orações falam mais sobre nós mesmos do que imaginamos. A maneira como nos aproximamos de Deus importa tanto quanto as palavras que proferimos quando oramos. O fariseu tinha uma religião calculada, ele contava quantas vezes jejuava, a quantidade de dízimo que devolvia, além de seus sucessos espirituais. Entretanto, conforme a frase atribuída a Albert Einstein, “nem tudo que conta pode ser contado; e nem tudo que pode ser contado conta”.
Jesus não Se preocupava com a opinião das pessoas. Seu alvo supremo era a verdade. Reflita sobre suas orações. Talvez você descubra que está orando voltado para si mesmo, e não para Deus. Você está disposto a abandonar a eloquência autocentrada do fariseu e abrir o coração a Jesus como o publicano que suplicava o perdão?