Sábado
25 de novembro
Quando pouco é muito
Então chegou uma viúva pobre e pôs na caixa duas moedinhas de pouco valor. Marcos 12:42

A cena é uma das mais conhecidas da Bíblia. Jesus percebe uma viúva pobre e destaca a oferta dela como a mais valiosa do dia. Era uma mulher paupérrima. De acordo com o Comentário Bíblico Adventista, a expressão traduzida como “pobre” nesse texto significa “mendiga” ou “indigente”. No evangelho de Lucas, o termo usado sugere a ideia de alguém que “precisa trabalhar cada dia a fim de ter alimento para o dia seguinte” (Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, vol. 5, p. 710).

As duas moedas que ela depositou no recipiente do templo eram o lepton, feito de cobre e que “pesava menos de um grama e valia poucos centavos” (ibid.). A mulher era de fato pobre e, do ponto de vista monetário, sua oferta era insignificante.

Em contrapartida, Jesus também percebeu a postura dos ofertantes ricos, que doavam dinheiro em grande quantidade. Ao se comparar os dois tipos de ofertantes e ofertas, a pergunta que surge é: Por que Cristo considera o pouco da viúva muito, e o muito dos ricos pouco nessa história?

É possível que os homens que depositaram as ricas ofertas no gazofilácio do templo fossem os mesmos que o Senhor havia condenado antes de falar da viúva. De acordo com Cristo, o “prazer deles é ostentar títulos acadêmicos, receber elogios publicamente, desfrutar posições de destaque e assentar-se nos lugares principais durante o serviço religioso. Além disso, o tempo todo eles exploram os fracos e indefesos. Quanto mais oram, pior fica a situação deles. Mas, no fim, eles irão pagar por tudo isso” (Marcos 12:38-40, A Mensagem).

Com base na versão acima, é possível dizer que esses homens maus queriam compensar sua maldade dando dinheiro para o templo, como se quisessem comprar a Deus. Além disso, conforme o próprio Cristo observou, eles estavam dando do que sobrava, enquanto a mulher dera tudo o que tinha.

Sobre a viúva, Ellen White disse: “O coração acompanhou-lhe a dádiva; seu valor foi estimado não pela importância da moeda, mas pelo amor para com Deus e o interesse para com sua obra, que a motivaram” (O Desejado de Todas as Nações, p. 615).

Para Deus, mais importante do que a quantidade é a qualidade da oferta. Em realidade, Ele não precisa do dinheiro de ninguém, mas deseja que ofertante e oferta, em última análise, sejam a mesma coisa. Por isso, deposite-se no gazofilácio do Céu, e o pouco de sua vida vai se transformar no muito de Deus.