Pow! O vidro atrás de mim balançou, e eu me levantei em um susto, assim como as outras duas pessoas que estavam na sala.
– Isso foi um pássaro? – Susie, minha irmã, perguntou, enquanto eu dava a volta na cadeira em que estava sentada para olhar pela janela. Eu tinha certeza de que ela estava certa. E estava mesmo.
– Pegue uma vasilha e uma toalha – ela disse, enquanto eu abria a porta da varanda. Peguei as coisas e fui ao encontro dela, que estava ao lado de um pardal caído, atordoado e assustado. Ele não conseguia se levantar. Susie o pegou com cuidado e o colocou no ninho improvisado. Nós o levamos para dentro de casa, onde estava quente e seguro. Colocamos uma peneira por cima da panela, permitindo que o pardal respirasse e que nós pudéssemos vê-lo. Não havia ferimentos visíveis.
Então oramos por aquela criaturinha: “Senhor, um pardal acabou de cair. Por favor, toque nele, cure-o e ajude-o a voar e ser livre novamente. Obrigada.”
Logo, o pardalzinho se ajeitou e ficou em pé, meio cambaleante. Depois começou a se mover com mais facilidade. Então percebemos que tinha chegado o momento. Colocamos a vasilha na grama do lado de fora e tiramos a peneira. O pássaro voou rápido para a árvore mais próxima, onde ficou um pouco, até alçar voo firme de novo.
“Obrigada, Senhor”, oramos juntas. “Obrigada por Se preocupar com o pardal e com todas as outras criaturas do mundo. Obrigada por Se preocupar conosco.”
Voltamos para dentro de casa a fim de nos juntarmos aos outros, gratas pela recuperação do passarinho e por aquela grande lição. Deus, que provê para a menor e mais insignificante criatura – e a ama –, não nos deixará sem socorro. Pertencemos a Ele, fomos criadas e redimidas por Ele, que pagou um alto preço por nós. Não há nada que Ele não faça por nós. Sabemos disso, pois Ele tem feito muito.
Não cairemos do convés sem que Ele veja, não seremos machucadas nem abatidas sem que Ele nos ajude. Ele vai nos levantar gentilmente e nos manterá em segurança. Deus vai nos curar, e iremos voar de novo.
{ Carolyn K. Karlstrom }