Sexta-feira
29 de janeiro
Quão madura sou?
Como a cidade com seus muros derrubados, assim é quem não sabe dominar-se. Provérbios 25:28

Essa pergunta incômoda deveria ser constantemente feita por mulheres inteligentes, não importa a idade.

Piaget, pai do construtivismo, dividiu o desenvolvimento psicológico humano em três fases:

A anomia, mais ou menos do nascimento aos dois anos, é a fase sem normas, regras, princípios e valores morais. Caracteriza-se pelo excessivo egocentrismo.

Na heteronomia, por volta dos dois aos sete anos, os pais são vistos como soberanos que governam com conhecimento absoluto das verdades incontestáveis. Nessa fase, a obediência é cega, pois resulta do medo da punição.

Na autonomia, ou governo de si mesmo, as regras, normas, princípios e valores passam pelo crivo pessoal. Segui-los é uma escolha própria. Há competência para julgar entre bom ou mau, verdadeiro ou falso, certo ou errado, independentemente da opinião dos outros. Os pais continuam merecendo respeito, mas não são mais vistos como infalíveis. O verdadeiro autônomo tem autocontrole, comprometimento e responsabilidade. Faz o que é preciso, correto e ético, independentemente de plateias ou cobranças. Quanto maior a autonomia, mais livre a pessoa é.

Há adultos que não saem da anomia. O mundo gira em torno deles; ignoram regras de conduta, normas e sentimentos alheios.

Os adultos heterônomos são rígidos em situações que pedem flexibilidade; do tipo “eu recebo ordens”, “bonzinhos que não dizem não”, não pensam, são dependentes de outros para decidir – e se algo dá errado, têm quem culpar. Eles têm juízos precipitados de fatos, pessoas e intenções e escravizam-se a opiniões alheias, vícios e fraquezas próprias.

A Bíblia lista vários autônomos aos quais Deus usou no cumprimento de Sua missão. Precisamos desse tipo de pessoas: “A maior necessidade do mundo é a de homens homens que se não comprem nem se vendam; homens que, no íntimo de seu coração, sejam verdadeiros e honestos; […] homens cuja consciência seja tão fiel ao dever como a bússola o é ao polo; homens que permaneçam firmes pelo que é certo, ainda que caiam os céus” (Ellen G. White, Educação, p. 57).

Você deseja essa maturidade? Contemple a Cristo, o maior exemplo de autonomia (governo de Si mesmo) que o mundo já teve.