Deve-se tornar claro aos que desejam orações por seu restabelecimento que a violação da Lei de Deus, quer natural, quer espiritual, é pecado. Desse modo, a fim de receber as bênçãos divinas, o pecado deve ser confessado e abandonado. […]
Ao orar pelos doentes, cumpre lembrar que “não sabemos orar como convém” (Rm 8:26). Não sabemos se a bênção que desejamos será para o bem ou não. […]
A atitude coerente é expor nossos desejos a nosso sábio Pai celestial e, então, em perfeita segurança, entregar tudo a Ele. Sabemos que Deus nos ouve se pedimos em harmonia com sua vontade. No entanto, insistir em nossas petições sem um espírito submisso não é correto; nossas orações devem tomar a forma não de uma ordem, mas de uma intercessão.
Há casos em que o Senhor atua decididamente por Seu divino poder na restauração da saúde. Nem todos os doentes, porém, são curados. Muitos são postos a dormir em Jesus. A João, na ilha de Patmos, foi mandado escrever: “Bem-aventurados os mortos que, desde agora, morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem das suas fatigas, pois as suas obras os acompanham”
(Ap 14:13). Vemos então que, se as pessoas não forem restituídas à saúde, não devem ser por isso consideradas sem fé.
Todos nós desejamos respostas imediatas e diretas às nossas orações, e somos tentados a ficar desanimados quando a resposta é retardada ou vem por uma forma que não esperávamos. Entretanto, Deus é demasiado sábio e bom para atender nossas petições sempre justamente ao tempo e pela maneira que desejamos. Ele fará mais e melhor por nós do que realizar sempre os nossos desejos. E como podemos confiar em Sua sabedoria e Seu amor, não devemos pedir que nos conceda a nossa vontade, mas buscar identificar-nos com Seu desígnio, e cumpri-lo. Nossos desejos e interesses devem-se fundir com Sua vontade. Essas experiências que provam a fé são para nosso bem. Por elas se manifesta se nossa fé é verdadeira e sincera, repousando unicamente na Palavra de Deus, ou se depende de circunstâncias, sendo incerta e instável. A fé é revigorada pelo exercício. Devemos permitir que a paciência tenha a sua obra perfeita, lembrando-nos de que há preciosas promessas nas Escrituras para aqueles que esperam no Senhor (A Ciência do Bom Viver, p. 228-231).