Eu trabalhei como capelã certificada pelo conselho por dez anos. Durante oito desses anos, fui diretora de um departamento de capelania que eu mesma havia iniciado. Então sentimos um chamado em nossa vida para nos mudarmos.

Procurei por todos os lados por trabalho em minha área. Trabalhava de plantão em alguns fins de semana por mês e encontrei outros trabalhos diversos de curto prazo em um período de dois anos. No entanto, meu coração estava voltado para a capelania. Minha identidade estava envolvida nela. Eu amava o ministério, amava as pessoas que conhecia e amava sentir que meu trabalho era importante. Mas não encontrava oportunidades.

Eu orei e implorei a Deus que abrisse as portas para mim. Fiz o possível para confiar Nele. Tive muito apoio do meu marido e dos amigos. Mas, na maioria dos dias, eu estava em casa, cuidando dos netos ou limpando a casa – e sentindo pena de mim mesma. Eu não entendia o que Deus estava fazendo. Ele tinha aberto as portas para eu trabalhar com a capelania de uma maneira incrível!

Um dia, visitei meu antigo supervisor de estágio em capelania. Contei a ele o que estava acontecendo – ou o que não estava – e expliquei minhas frustrações e meus sentimentos de perda. Em vez de ser compreensivo, como eu esperava, ele me fez uma pergunta crucial:

– Quem é você? Sua identidade está apenas em ser capelã?

Parecia que ele estava me guiando para um caminho desconhecido. Afinal de contas, eu era uma capelã, não era? Não foi Deus quem me chamou para fazer esse trabalho para Ele? Dizer que orei muito sobre essas questões seria um eufemismo. Era como se eu não conseguisse tirar água da pedra.

Certa manhã, no chuveiro, lembrei-me de uma canção infantil que dizia mais ou menos assim: “Quem sou eu? Alguém especial para Jesus.”

Era isso! Essa era a minha identidade! É claro que sou fi lha de Deus e totalmente especial para Ele. Logo depois que percebi isso, lembrei-me das respostas às perguntas do meu estudo bíblico quando criança. Lembrei-me de que sou filha de Deus, herdeira do Céu e templo do Espírito Santo. Meu Pai celestial me ama. Quem poderia encontrar uma identidade mais preciosa e perfeita do que essa? Surpreendentemente, uma semana depois de Deus ter me dado essas preciosas percepções, recebi um chamado para trabalhar como capelã em tempo integral. Deus só queria que primeiro eu tivesse clareza sobre quem eu era!

Carolyn J. H. Strzyzykowski