Eu a observava limpar as lágrimas enquanto elas corriam por seu rosto, uma após a outra. Nós tínhamos reivindicado a promessa que está em Isaías 43:6: “Direi ao norte ‘Entregue-os! ’ e ao sul ‘Não os retenha’. De longe tragam os Meus filhos, e dos confins da terra as Minhas filhas”.
Fazia apenas um ano que sua filha de dezessete anos apresentara um sermão poderoso na semana de oração jovem da nossa igreja. Ela havia declarado sua fidelidade a Deus e estava determinada a ser um exemplo por Cristo entre seus amigos e colegas de escola. Ela era brilhante e forte, ainda que suave e atenciosa. Tinha muito a oferecer. Aos dezoito anos, seu foco começou a mudar. Ela expressava o direito de tomar as próprias decisões. Isso era verdade. Mas algumas de suas decisões preocupavam muito a mãe dela. Por exemplo, o comparecimento e a participação na igreja não eram as principais prioridades de sua filha; ela tinha outros interesses.
Sua mãe deve ter se perguntado: Onde eu errei? O que eu poderia ter feito de forma diferente? Muitas mães em todo o mundo estão fazendo as mesmas perguntas. O questionamento poderia ter começado com Eva quando ela teve que enfrentar o fato de que seu filho primogênito se tornara um assassino. Na parábola de Cristo, do filho pródigo (Lc 15:11-32), a mãe do garoto não é mencionada. Suponho que ela deve ter ficado junto à porta enquanto as lágrimas escorriam pelas bochechas, esperando que seu filho mais novo caminhasse de volta na estrada da verdadeira liberdade.
Onde foi que eu errei?
Em muitos casos, nenhum grande erro pode ser atribuído às competências dos pais. Às vezes, os filhos escolhem um caminho não desejável. E há sempre esperança durante a longa espera de orações respondidas, apesar das noites sem dormir e muitas lágrimas. Como o pai na parábola, podemos manter nossos olhos na curva da estrada e nossa confiança em Deus. Podemos orar para que um dia “matemos o bezerro gordo” para celebrar um filho errante que chegou em casa.
E quanto a nós? Temos nos afastado de Deus?
Nosso Salvador foi preparar a mesa de boas-vindas para todos os que escolherem voltar para casa. Estou animada! E quanto a você?
Sonia Kennedy-Brown