O cuidado que lhe fora dispensado, o perdão recebido, a proteção contra inimigos e uma infinidade de outros favores levaram Davi a celebrar repetidamente a bondade do Pai celestial. “Como é grande a Tua bondade, que reservaste aos que Te temem!” (Sl 31:19); “Pois a bondade de Deus dura para sempre” (Sl 52:1); “Rendam graças aos Senhor por Sua bondade” (Sl 107:8); “A Terra, Senhor, está cheia da Tua bondade” (Sl 119:64). São apenas alguns exemplos que encontramos ao longo do livro. Em nosso texto, Davi convida seus leitores a fim de que provem e vejam, conheçam por experiência própria, que “o Senhor é bom”. Isso ele mesmo tinha feito.
“Como Deus é imutável, a intensidade de Sua benignidade não sofre variação”, diz Aiden Tozer. “Ele nunca foi mais bondoso do que é agora, nem será jamais menos bom. Ele não faz acepção de pessoas, mas envia a chuva sobre justos e injustos, e faz o Sol brilhar sobre os maus e os bons. A causa de Sua bondade está Nele mesmo; os que recebem a Sua bondade são Seus beneficiários sem que tenham méritos próprios ou mereçam recompensa!” (Mais Perto de Deus, p. 99).
Provar e ver a bondade do Senhor não se limita a alimentar pensamentos superficiais a respeito dela. Devemos apreciar a realidade de que Ele é bom e celebrá-la com todo nosso ser. Dessa maneira, seremos animados a confiar Nele, entregar-Lhe nossos anseios e medos, descansando no refúgio de Seu amor. Feliz o homem que faz isso! Milhares de outros filhos de Deus já desfrutaram essa experiência.
Em 1740, enquanto pregava na Irlanda, Charles Wesley foi vítima de acirrada oposição que o obrigou a fugir, encontrando abrigo em uma fazenda. A esposa do proprietário o escondeu na leiteria, mas a turba enfurecida chegou exigindo que ela o entregasse. Sabiamente, a mulher ofereceu lanche àquelas pessoas e, enquanto comiam, ela orientou Wesley para que se abrigasse em um cercado formado por arbustos. Ali, ele compôs o hino “Ó Amante de minh’alma” (Hinário Adventista do Sétimo Dia, no 380), que lhe trouxe paz ao coração. A letra começa com esta estrofe:
“Ó Amante de minh’alma, deixa-me em Teu peito estar, / quando o vento rouba a calma, quando brame irado o mar. / Guarda-me, bom Salvador, té o temporal passar; / Guia-me em Teu terno amor, quero em Ti me refugiar.”
Tenha certeza de que Deus não nos deixará sem abrigo. Ele nos protegerá nos temporais da vida.