No mundo tecnológico, o atendimento humanizado é um diferencial de grande valor. Por isso, têm surgido importantes iniciativas para humanizar a educação, o parto, os serviços de saúde e o atendimento ao cliente, por exemplo. Mas, para quem conhece a Bíblia, essa tendência não é novidade.

Na encarnação de Cristo, Deus inaugura o que conhecemos por humanização. Renunciando à Sua grandeza para acolher a nossa pequenez, Jesus não é apenas Deus em forma humana; é Deus de forma humanizada. Quando o Verbo Se fez carne, descobrimos que Sua forma humana infinitiva é amar. Em Jesus, Deus chorou com os tristes, sorriu com os que se alegravam, dialogou com os silentes, acolheu os renegados, tocou os intocáveis, percebeu os fracassados, respeitou os desonrados e pôs tesouros em vasos de barro. Assim, revelou o que são acolhimento e empatia.

Uma religião humanizada não é uma religião humanista, porque não está centrada em regras humanas, mas no amor de Deus e em Sua justiça. Por isso, ela se preocupa com as necessidades espirituais e emocionais das pessoas, tem uma abordagem compassiva e oferece apoio personalizado. Uma religião humanizada nos recorda de que a verdadeira conexão não é obtida por meio de dados, mas por meio de compaixão genuína e coragem, sobretudo para oferecer ao pecador força e motivação na jornada em busca de uma nova vida.

O Filho de Deus veio humanizar a religião. Em um mundo tecnocrático, no qual as máquinas ditam as regras, o simples ato de humanizar é uma rebelião contra a tirania mecanizada à qual o ser humano está sujeito. Por isso, a humanização da religião nos convida a carregar a cruz do outro e a ser pacientes com seu processo de cura espiritual. Além disso, ela nos convida a confrontar nossos pecados, não sob a ameaça do castigo com fogo, mas com a certeza do poder de Deus no presente e a promessa de Sua glória na eternidade. Jesus Se tornou homem para revelar a face amorosa de Deus ao mundo. Se Ele estiver em sua vida, você representará melhor o Deus que é amor.